Pais denunciam limitação de senhas para vacinação de crianças em postos de saúde

Pais que procuraram os postos de saúde da Grande Belém para vacinar seus filhos contra a poliomielite e sarampo denunciam a limitação de senhas de atendimento.

Segundo um pai, que pediu para ter a identidade preservada, ao procurar o posto de saúde da Providência, no bairro de Val-de-Cans, em Belém, teve que voltar para casa. O motivo, segundo ele, é que estão sendo distribuídas apenas 30 senhas por dia.

“Estão limitando o número de atendimentos para as vacinas em 15 senhas pela manhã e 15 pela tarde. Muitas pessoas não estão conseguindo vacinar seus filhos devido a essa restrição”, lamentou.

• Começa a campanha de vacinação contra a Poliomielite e Sarampo

De acordo com uma mãe, que também pediu para ter a identidade preservada, o mesmo aconteceu ao procurar o posto de saúde localizado na Cidade Nova VIII, em Ananindeua. Segundo ela, muitas pessoas têm madrugado na fila para conseguir se vacinar ou então voltam para casa.

“Fui durante dois dias e não consegui vacinar a minha filha. Só consegui no terceiro dia, que fui logo bem cedinho. Talvez isso explique o baixo número de crianças vacinadas durante a campanha”, ressalta.

Na primeira semana da Campanha Nacional de Vacinação foram vacinadas contra a pódio 1,16 milhão de crianças e contra o sarampo 1,51 milhão em todo o país. No Pará, apenas 34 mil crianças foram imunizadas, ou seja, apenas 5% do total estipulado pelo Estado, que é de 594.518.

• Pará vacina apenas 5% das crianças

Órgãos de saúde negam denúncias

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que a denúncia não procede. Só em Belém existem 54 salas de vacinas, que atendem em demanda espontânea os pacientes, uma delas é a UMS Providência. A Sesma ressaltou ainda, que a entrega de senhas não é uma prática reforçada pela Secretaria, mas as Unidades com maior procura do serviço utilizam com o intuito de organizar a ordem de chegada (respeitando as prioridades previstas em lei) e não com o intuito de limitar o acesso.

Em nota, a Prefeitura de Ananindeua informou também que a denúncia não procede. Não houve, em hipótese alguma, limitação de vacina nas unidades. Tudo o que recebemos do Estado é distribuído nos postos, de acordo com a demanda. A Vigilância Epidemiológica faz vistorias regularmente nas salas de vacina. Quanto ao quantitativo de crianças vacinadas, até o momento, ainda não lançamos no sistema.

(DOL)