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Famílias tentam reparar danos em residencias após vendaval

Sem saber como reconstruir parte da casa, a doméstica Keila Patrícia Santos, de 47 anos, olhava com tristeza a destruição causada pelo vendaval que aconteceu na tarde da última terça-feira (7) e atingiu cerca de 20 residências do bairro 40 Horas, em Anani

Sem saber como reconstruir parte da casa, a doméstica Keila Patrícia Santos, de 47 anos, olhava com tristeza a destruição causada pelo vendaval que aconteceu na tarde da última terça-feira (7) e atingiu cerca de 20 residências do bairro 40 Horas, em Ananindeua.

“Saí de casa cedo para trabalhar, de repente, durante a tarde, minha filha liga dizendo que passou um vendaval por aqui. Eu não acreditei, mas quando cheguei à noite, vi tudo devastado”, disse.

No momento do vendaval, a mãe de Keila, uma idosa de 72 anos, a filha de 18 anos e o neto, de apenas quatro meses, se esconderam no banheiro para tentar se proteger. Kíssia Santos, filha de Keila, lembra os minutos de desespero. “Foi terrível. Só escutei a telha soltando, um pedaço caiu nas costas da minha avó. Todo o telhado voou”.

A casa de quatro cômodos ficou sem cobertura e os móveis. “Ontem, dormimos na casa de um amigo da família. Agora, vamos ter de alugar um kit-net até reconstruir. Não temos condições”, lamenta Keila.

Diante de tudo que aconteceu, a dona de casa Romilda Teixeira, de 48 anos, não esquece o temporal. “Foi um desespero grande ver as telhas voarem com facilidade”, diz. Ainda emocionada, ela agradecia estar bem com a família. “Naquela hora, me ajoelhei e clamei ao Senhor por misericórdia. Foi um livramento. Eu não posso pagar a ajuda que estou recebendo, mas Deus vai recompensar cada um”, deseja.

Imagens: 1 - A forte ventania arrancou árvores, destelhou casas e chegou a destruir paredes e construções de madeira; 2 - Morador do 40 Horas teve trabalho para reconstruir o telhado da casa; 3 - Keila Santos também ficou com a casa sem parte do telhado e perdeu os móveis (Fotos: Wagner Santana)

RECONSTRUÇÃO

Ontem também foi dia de trabalho para outras famílias, como Leonato Pinheiro, de 43 anos. Ele já contabiliza um prejuízo de R$ 2 mil com o telhado arrancado. “Foi uma ação da natureza. É só lamentar mesmo e refazer aos poucos”, disse o ferreiro.

Além de ter a casa de quatro cômodos destelhada, a dona de casa Jeniffer Ferreira, de 29 anos, teve outro prejuízo: o carro do marido. “Começou chuviscando, mas o problema foi o vento que levou todo o nosso telhado e caiu em cima do carro estacionado aqui na frente. Amassou a parte de cima e quebrou o para-brisa”, diz. Ela e as duas filhas, de 5 e 7 anos, não se machucaram.

DEFESA CIVIL

De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 20 casas foram atingidas, a maioria, de alvenaria, foi destelhada. “Durou cerca de 30 minutos. Ninguém ficou ferido. Houve prejuízos na parte elétrica e sete árvores vieram ao chão”, detalhou o sargento Mesquit, que esteve com uma equipe, ontem, no local. “Viemos fazer a retirada das árvores que caíram e de outras em risco de queda”.

FENÔMENO COMUM

Sidney Abreu, meteorologista do Instituto de Meteorologia (INMET-PA), explica que vendavais, como o ocorrido em Ananindeua, são comuns no verão amazônico, onde há forte calor, altas temperaturas e pancadas de chuvas no final da tarde.

“É comum acontecer, porque o mecanismo de formação são as altas temperaturas ao longo do dia que, associado com altas umidades relativas do ar, proporciona essas nuvens que possuem características de vendaval, chuva forte e raios”, diz o especialista do INMET. Ainda segundo ele, esse fenômeno pode se repetir. “O melhor a fazer é tentar se proteger em locais de alvenaria e evitar ficar exposto”, orienta.

PARA ENTENDER

- Previsão do tempo: A previsão do tempo para a Região Metropolitana de Belém ao longo desta semana é de temperaturas entre 23ºC a 35ºC, com possibilidade de chuvas ao final da tarde.

- Como se proteger: No momento da chuva, o melhor a fazer é procurar abrigo em um local de alvenaria e evitar ficar exposto, para não ser atingido com algo provocado pelo vento forte.

- Você pode ajudar? Quem puder ajudar a família de Keila, pode ligar para o telefone 98371-4108 (falar com Kíssia)

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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