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Belém tem três assaltos a ônibus por dia

Em plena luz do dia, na parada de ônibus situada na avenida Senador Lemos, perto da Ponte do Galo, no bairro da Sacramenta, em Belém, a babá Jane Aires, 40, pensou que perderia sua vida durante um assalto. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará) “Foi o

Em plena luz do dia, na parada de ônibus situada na avenida Senador Lemos, perto da Ponte do Galo, no bairro da Sacramenta, em Belém, a babá Jane Aires, 40, pensou que perderia sua vida durante um assalto.

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

“Foi o pior que já sofri. Tive uma arma apontada para a minha cabeça e o assaltante tentou disparar cinco vezes, mas a arma falhou. Foi Deus que colocou a mão na frente para eu ter a oportunidade de ver meus filhos novamente”, contou a mulher, que já sofreu outros cinco assaltos dentro dos coletivos que usa todo dia para se deslocar de sua casa, no bairro da Pratinha, ao local onde trabalha.

O trauma fez com que Jane procurasse tratamento psicológico, já que passou um período sem conseguir sair de casa para voltar a trabalhar. Embora tenha retomado as atividades, ela garante que o medo permanece.


(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Ninguém tem segurança dentro de ônibus. Já levaram tudo o que eu tinha: bolsa, celular, dinheiro e até compras. Aqui nessa parada, então, é muito perigoso e não vejo polícia. Tem arrastão e as pessoas saem correndo no meio dos carros”.

Jane é apenas uma dentre os milhares de usuários do transporte que já sofreram assaltos tanto nos pontos como dentro dos ônibus que circulam pela capital paraense. As estatísticas são prova disso. Somente de janeiro a junho deste ano, os rodoviários registraram cerca de 600 boletins de ocorrência em virtude de assaltos sofridos durante as viagens de trabalho pelos bairros de Belém. Ou seja, a média é de três assaltos por dia nos ônibus.

SEM B.O

Porém, esse número seria ainda mais elevado se todos os passageiros registrassem a ocorrência dos assaltos e furtos cometidos nos coletivos, segundo Everton Paixão, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Pará (Sttrepa).

“A gente percebe que esse número aumenta a cada dia e que não tem hora para acontecer. Os assaltos ocorrem até na primeira viagem quando não tem nem renda. Mas eles levam as coisas dos passageiros, celular, dinheiro e o que tiver de valor”, explicou.

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Devido ao alto índice de assaltos no transporte urbano, o sindicato da categoria passou a solicitar que todos os trabalhadores registrem as ocorrências e tirem uma cópia do documento para cobrar providências do órgãos de segurança pública do Estado.

De 15 linhas que operam na capital, 12 abastecem esse banco de dados. É também uma forma dos trabalhadores serem isentados de arcarem com os prejuízos.

Em apenas seis meses, o sindicato já acumula amontoados de boletins registrados este ano nas delegacias.


(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Categoria pressiona o Governo do Estado

O Sindicato dos Roviários enviou um ofício à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em 25 julho, solicitando uma reunião para minimizar a insegurança dentro dos coletivos. Dentre as cobranças, os rodoviários pedem a instalação de uma seccional para atender somente os casos de violência no transporte urbano.

Segundo o sindicalista, as “áreas vermelhas” onde têm ocorrido a maior parte dos assaltos estão no bairro do Jurunas, como a avenida Bernardo Sayão, Estrada Nova e rua Fernando Guilhom. Além dessas, há muitos registros nas avenidas Senador Lemos, área da Ponte do Galo, Pedro Álvares Cabral e rodovia Arthur Bernardes.

“Geralmente os assaltantes agem em dupla e são rápidos. Os assaltos não duram um minuto. E eles têm local certo para subir e descer”. Ele lembra que até ano passado, a Polícia Militar promovia ações com o “ônibus seguro”, fazendo diariamente abordagens e blitz dentro e fora dos coletivos.

Além disso, a categoria cobra a implantação de um sistema de monitoramento dentro dos ônibus. “Em outros estados isso já existe, por que Belém não tem? Precisa de um investimento do governo e dos empresários. Precisamos de dispositivos de segurança nos coletivos, letreiro e sistema de GPS com câmeras e monitoramento via Ciop”.

O que diz a Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar informa que atua nas ocorrências relacionadas a assaltos a ônibus e como registro, de janeiro a julho deste ano, contabilizou uma queda de 23% nesse tipo de crime em Belém.

Operações de Ônibus Seguro e Barreira são mantidas pelos batalhões de Belém. Na área do 24º BPM, a redução foi de 38%: de 156 em 2017 para 97 em 2018.

A PM também garante que, juntamente com a Segup, sempre manteve reuniões com a categoria.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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