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Em plenas férias, Mosqueiro está com obras inacabadas

Se o mês de julho é época de lucro para os comerciantes da Vila, no Distrito de Mosqueiro, este ano, tantos os vendedores de tapiocas da Praça Matriz, quanto os do Mercado Municipal, estão amargando prejuízos. É que, em plena férias escolares, a via que p

Se o mês de julho é época de lucro para os comerciantes da Vila, no Distrito de Mosqueiro, este ano, tantos os vendedores de tapiocas da Praça Matriz, quanto os do Mercado Municipal, estão amargando prejuízos. É que, em plena férias escolares, a via que passa à frente destes dois pontos está com resto de materiais de construção espalhados, e, apenas com uma camada de asfalto no meio da pista. Tudo isso é resultado de uma obra de pavimentação e revitalização do complexo, que parece estar longe do fim.

A obra da área, incluindo a revitalização da praça, foi uma promessa da Prefeitura de Belém para as comemorações do aniversário dos 123 anos da Ilha, datado na última sexta-feira (6). No entanto, no dia, nem carros passavam pelo local, que estava tomado de lama. E a tradicional festa que era feita ali todos os anos, mudou de endereço, em 2018. A programação aconteceu na Praia do Chapéu Virado e no Carananduba, causando revolta nos comerciantes locais.

Neste segundo domingo de férias escolares, o trânsito já tinha sido liberado na região. No entanto, o veranista era obrigado a transitar entre tubulação de concretos, montes de seixo, areia e resto de material de construção. “É uma vergonha, vamos comemorar o quê, com uma obra mal feita e inacabada, em pleno mês de julho? É revoltante!”, diz o vendedor de tapioca José Nunes, 50 anos.

Indignado, o comerciante enumera os problemas na Ilha. “A reforma traz benefícios, sim, mas deveria ser planejada antes da alta temporada. A bagunça afasta os visitantes, deixa o trânsito um caos e a Vila desorganizada”, conta José, que está ali há 40 anos. Parte da Tapiocaria dele foi reformada, como o teto de madeira, porém, os 19 trabalhadores que estão ali, ainda esperam que mais coisas sejam feitas.

“Mais de dois meses que estamos sem água. E quando vem, está suja, preta. O piso das calçadas também está quebrado, faltam lixeiras, uma boa programação”, reclama Maria dos Santos Nunes, 68.

MERCADO

Do outro lado, a falta de cuidados da Prefeitura está estampada na faixada do Mercado Municipal. O prédio histórico permanece com a pintura desgastada, o portão principal enferrujado, com partes caindo aos pedaços. E não para por aí. O telhado abriga muito mato. A vegetação toma conta de quase toda parte da frente do prédio.

Dentro, as paredes estão encobertas por lodo. Nas barracas já não tem mais azulejos e, tampouco, padronização. Há 30 anos, Edson Nascimento, 65, trabalha no espaço. Ele conta que o Mercado é um patrimônio do Distrito. “Estamos à espera de uma reforma há anos. Ela nunca chega. Isso afasta os visitantes e diminui as vendas”, lamenta.

Outra reclamação é da coleta seletiva de lixo. Na parte de trás do prédio, os contêineres trasbordam de sujeira. “Fui criada vindo para Mosqueiro, é muito triste ver isso acabado”, conta a assistente social Thelma Tancredo, 46, que já anunciou sua casa de veraneio à venda. “Vai valer uma pechincha, mas são poucas as pessoas que querem ainda passar julho aqui. É uma pena, pois é herança”, completa.

RESPOSTA

A Prefeitura de Belém disse, em nota, que está fazendo “grandes intervenções no distrito de Mosqueiro”. “A praça Matriz de Mosqueiro já recebe uma reforma completa, que começou em maio deste ano. o coreto central está todo restaurado e será nele que as programações culturais serão apresentadas, de sexta-feira a domingo”., informou.

Sobre o mercado de Mosqueiro, a Secretaria de Urbanismo (Seurb), responsável pela administração e manutenção de feiras e mercados, disse que fez um levantamento técnico e de custos da reforma do mercado e está na captação de recursos para executar o projeto.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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