plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Produtores não cumprem contratos e dão prejuízos a bandas paraense

A empresária de uma banda paraense, que pediu para ter a identidade preservada, denuncia ter sido vítima de dois golpistas após contratação de um show no município de Baião, nordeste paraense. “Nós só viajamos após o pagamento dos 50% do show. No entanto

A empresária de uma banda paraense, que pediu para ter a identidade preservada, denuncia ter sido vítima de dois golpistas após contratação de um show no município de Baião, nordeste paraense.

“Nós só viajamos após o pagamento dos 50% do show. No entanto, um dia antes, avisamos que não iríamos, mas o contratante disse que a mãe dele estava no local com o dinheiro e ele era conhecido de um integrante da banda, então, confiamos”, explica ela.

A vítima relembra que procurou o contratante no meio do show para conversar sobre o pagamento, mas ele já havia fugido. “No meio do show ele já tinha sumido da festa, não pagou as bandas, deixou todo mundo no prejuízo e sumiu. Ele deixou um sócio para tentar despistar todo mundo. Além de golpista, ele é um estelionatário”, desabafa.

Segundo a empresária, eles são a quarta banda paraense em que a dupla aplica o golpe, cujo prejuízo chegou a aproximadamente R$ 120 mil.

“Tentamos contato inúmeras vezes com ele e ele afirmou que não irá pagar. Foi R$ 120 mil de prejuízo, dentre a folha da banda, transporte e outras coisas”, lamenta ela, afirmando que irá registrar um Boletim de Ocorrência sobre o caso.

Os golpistas, segundo ela, foram identificados como Benedito Tiago Marques Neto, que contratou a banda para o show e Sile Marques, que se apresentou como sócio do contratante.

“Nosso objetivo aqui é denunciar para que eles não apliquem mais golpes em ninguém”, explica a empresária.

Também foi vítima dos golpistas? Veja como proceder:

Antes de tudo, para que o crime de estelionato fique comprovado, é preciso demonstrar que o autor obteve vantagem prejudicando outra pessoa por meio de esquema que a induziu ao erro.

Junte todos os documentos que comprovem a ilegalidade. Além disso, se houver conversas por mensagens de celular, aplicativos de chat ou redes sociais, é importante que a vítima as salve, já que isso também pode ser usado como prova e, vá até uma delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência.

O estelionato está previsto no Código Penal Brasileiro como parte dos crimes contra o patrimônio. É o famoso artigo 171 e ocorre quando o autor tem como objetivo obter vantagens financeiras ilícitas através do prejuízo alheio. Quem pratica esse crime, pode ser condenado a penas que variam entre 1 a 5 anos de prisão, além do pagamento de multa.

Direito de resposta

O DOL entrou em contato, por telefone, com o empresário Benedito Tiago Marques Neto, que assumiu a existência da dívida, mas afirma que o valor prometido em contrato é de R$ 13 mil, que, segundo ele, seria pago em cinco parcelas. No entanto, essa forma de pagamento não foi aceitada por um dos artistas que realizou o show.

Ainda de acordo com Benedito Tiago, as contas foram prestadas após o show, por isso ele nega a acusação de que “fugiu” sem dar posicionamento aos artistas. Ele disse que existem testemunhas de que parte do valor acordado, R$ 7 mil, foram entregues à empresária que realizou a denúncia.

“Prestei contas no hotel sobre o que foi vendido e sobre o que foi pago. Há testemunhas de que ela estava lá, inclusive que recebeu a sobra da prestação de contas. Foi repassado, depois do show, um valor de R$ 2 mil”, comenta Tiago.

O empresário afirma também que não se nega a pagar a dívida, mas que não tem condições de fazer o pagamento à vista, como pede um dos artistas envolvidos. “Ficou um débito de R$ 13 mil, mas tentamos entrar em acordo para o pagamento. Nós não deixamos de nos colocar à disposição. Nós éramos próximos dele”, afirmou o organizador do evento.

O primo de Tiago, Sile Marques, também conversou com a redação do DOL por telefone. Segundo Sile, ele não tem “nada a ver com a história” e “em nenhum momento assinou contrato” com os artistas. Ele afirma que apenas trabalha na divulgação e logística dos eventos realizados por Tiago Marques.

“Quem não deve não teme. Não tenho nada a ver com essa história. Eu trabalho com mídia, divulgando os eventos, assim como trabalhei com esse evento de Baião. Não participo da parte financeira disso”, afirmou Sile.

O primo de Tiago afirmou que parte da renda do evento foi usada para pagar custos da casa de shows, além de despesas com os artistas. Mas que, como o show “não vingou”, não houve dinheiro suficiente para pagar as parcelas devidas com os artistas.

O Diário Online solicitou comprovantes de pagamentos, mas eles não foram enviados.

(DOL)
VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias