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Dicas para levar em conta na hora de montar o seu negócio

Quem nunca olhou uma história bem sucedida de empreendedorismo e teve vontade de ter o próprio negócio? Só que, como em todos os aspectos da vida, para que o sonho vire realidade, e de preferência próspera, é preciso planejamento e, principalmente, foco. 

Quem nunca olhou uma história bem sucedida de empreendedorismo e teve vontade de ter o próprio negócio? Só que, como em todos os aspectos da vida, para que o sonho vire realidade, e de preferência próspera, é preciso planejamento e, principalmente, foco.

“Todo empreendedor tem que ter direcionamento, pois se não houver isso, ele pode se perder e não chegar a lugar algum”, alerta o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone. De acordo com ele, é fundamental que seja estruturada uma ideia de negócio. “É importante que o empreendedor entenda que é preciso conhecer as necessidades do cliente, e não partir com base no achismo e em suas percepções do que é necessidade de mercado”, orienta.

O arquiteto Victor Pinheiro sabe bem o que é se encontrar perdido na hora de decidir para que lado ir na hora de trabalhar de forma autônoma, mas esse problema já não faz mais parte da sua rotina. Ele decidiu seguir pelo caminho do empreendedorismo logo após entrar na faculdade de Administração, em 2006.

Aliado à dificuldade de conseguir emprego e ao fato de não ter, até então, experiência de trabalho, percebeu um nicho de mercado na época, que era o vidro temperado. “Junto com um amigo abri uma vidraçaria. No início foi difícil, a gente não tinha qualquer conhecimento técnico e administrativo. Às vezes só tínhamos dinheiro de ônibus para ir e voltar da loja e ficávamos o dia todo sem comer, só para manter a loja aberta até às 18h”.

APRENDIZADO

Depois de muito perrengue e aprendizado, em 2010 Victor se mudou para o Rio de Janeiro e trabalhaou por dois anos em uma das maiores vidraçarias da cidade, que lhe permitiu o primeiro contato com o Sebrae. Com as informações e orientações, ele colocou como meta profissional voltar a empreender. Nesse meio tempo, se apaixonou pela arquitetura e voltou para Belém para fazer o curso em uma faculdade. Com o auxílio do Sebrae, ele voltou, em 2015, a trabalhar com vidro, e agora também com móveis planejados e piso de porcelanato líquido.

“Empreender em Belém é difícil. Além das margens baixas que temos que praticar, existem profissionais que desvalorizam o mercado, levando o empreendedor a ter um grande jogo de cintura para conseguir honrar com seus compromissos. Também existem clientes que fomentam a desvalorização do mercado, priorizando preço baixo e deixando a qualidade em segundo plano”, lamenta o arquiteto, que atua com design de móveis, reforma e construção.

“Ainda não me considero bem sucedido, mas comparando aos percalços do passado, hoje percebo que estou no caminho certo e, com o Sebrae ao meu lado, caminhando com passos seguros para obter o pleno sucesso”, garante ele, que trabalha em busca de um reconhecimento que avance as fronteiras da região Norte.

Dicas - Para quem quer empreender, mas ainda tem muitas dúvidas

- A principal pesquisa inicial é a de mercado, pois é a partir dela que é elaborado o plano de negócio. Esse plano permite a orientação para a busca de informações detalhadas sobre o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, bem como possíveis clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo assim para a identificação da viabilidade da ideia e na gestão da empresa.

- É o plano de negócio que responde a seguinte pergunta: “vale a pena abrir, manter ou ampliar o negócio?”. Prepará-lo é um grande desafio, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita criatividade.

- Pergunte-se se você consegue “equilibrar vários pratos” de uma vez só ou se é melhor contar com o apoio de outras pessoas. Pense se você tem facilidade para desenvolver produtos e serviços interessantes, se consegue divulgá-los com eficiência, se passa por crises e dificuldades “sem perder a cabeça” e se mantém as finanças em ordem.

- Frequentemente surgem negócios que viram febre e depois desaceleram. Na década de 1990, a moda era criar avestruzes e muitas pessoas que apostaram nessa área viram seus negócios minguarem. Nos verões de 2013 e 2014, foi a vez das paletas mexicanas. Hoje, as modernas barbearias masculinas vivem seu momento de ascensão. Outras pessoas apostam suas fichas em negócios que consideram fáceis. O exemplo mais conhecido é o das pizzarias. Basta um forno, alguém que saiba fazer pizza e pronto. Mas não é bem assim. A realidade é que há um grande número de pizzarias que abrem e fecham porque, como em qualquer outro ramo, negócios não costumam ser simples como parecem.

- Durante o processo de autoconhecimento, é necessário que você identifique os motivos que o levam a querer se tornar um empreendedor. Isso significa buscar um propósito que poderá encher sua vida de significado e sentido, além de garantir sua sobrevivência, estabilidade financeira e conquistas materiais.

Fonte: Sebrae e Meu Bolso Em Dia

Visão empresarial e foco na gestão do negócio

Para Fabrizio Guaglianone, todos são capazes de empreender (Foto: Ricardo Amanajás)

Fabrizio Guaglianone garante que todos são capazes de empreender, mas a diferença está no comportamento das pessoas -desenvolver competências, habilidade e atitudes, por exemplo, é se diferenciar no mercado-. Ele cita o Empretec, uma metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca desenvolver características de comportamento empreendedor, bem como identificar novas oportunidades de negócios, e utilizada pelo Sebrae como uma ferramenta que faz toda a diferença nesse processo.

“Nacionalmente, é utilizada desde 1993 e já capacitou 258 mil pessoas em 11 mil turmas distribuídas pelas 27 unidades da Federação. Todo ano, cerca de 10 mil participantes passam pelo Empretec”, destaca. A esfera da legalidade é, definitivamente, uma questão que não pode ser subestimada, já que todo negócio tem direitos e deveres. “Entender isso é seguir por um caminho que reduz os riscos do negócio não dar certo e de responder a questões jurídicas prejudiciais ao empreendimento”, diz.

PREPARO

“Não dá para aventurar no mercado sem preparo, informação, orientação para a tomada de decisão assertiva. Costumamos orientar que, mesmo que seja de forma básica, é preciso criar planilhas de controle, para saber o que é rendimento pessoal e da empresa, pois essa dissociação permite ao empreendedor visão empresarial, com foco na gestão do negócio”, exemplifica.

Dono de dois deliveries de yakissoba e pizza localizados no centro da cidade e na área do Mangueirão, o empresário Diogo Murrieta carrega uma certeza consigo: a de que o empreendedorismo é algo que nasce com a pessoa, e no momento certo floresce, permanece e gera frutos.

E foi exatamente isso o que ocorreu com ele, mas a falta de orientação quase o fez “colocar os pés pelas mãos no início”. “Só que eu gosto de dizer que o fim é sempre melhor que o começo, então o importante é encarar as dificuldades”, diz. Ele buscou o Sebrae atrás de cursos, orientações e, nos onze meses de funcionamento do negócio que comanda, garante que vê crescimento todos os dias.

“Digo que sou empreendedor bem sucedido, mas meu negócio ainda é uma criança”, diz Diogo, que sonha em ver sua marca virar franquia e se espalhar pelos municípios da Região Metropolitana de Belém. “Não é difícil empreender aqui”, afirma. “Paraense é consumidor e a maior parte do empresariado é de fora, isso é a maior prova de como aqui o mercado é aquecido”, observa.

Os problemas constantes envolvendo mobilidade urbana e violência deram ao empresário o estalo sobre qual ramo seguir. “É com muita tristeza que digo que esses problemas me beneficiam. Porque quanto mais as pessoas temem sair de casa e preferem reunir com os amigos e pedir uma pizza, uma yakisoba, mais chances tem de a minha marca ser lembrada”, reconhece.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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