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Pesquisa aponta Belém como a capital mais violenta do País

Belém assumiu o triste título de capital mais violenta do Brasil. A cidade paraense deixou para trás cidades com índices históricos e mais populosas, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Outras capitais que também vinham com altos índices de

Belém assumiu o triste título de capital mais violenta do Brasil. A cidade paraense deixou para trás cidades com índices históricos e mais populosas, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Outras capitais que também vinham com altos índices de homicídios e mortes violentas melhoraram, como é o caso de Fortaleza, Natal e Maceió. Esse é o mais recente resultado divulgado pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O estudo “Atlas da Violência 2018 - Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros” mostra que a taxa de homicídios em Belém já atingia, em 2016 – quando foram coletados os dados para compor os estudos – 77 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2015, a capital paraense era a quarta mais perigosa, com 61,8 homicídios/100 mil moradores.

No relatório, Belém é seguida por Aracaju (73 homicídios/100 mil habitantes); Natal (62,7); Rio Branco (62,6) e Salvador (57,8). Além do trágico título de ter a capital brasileira onde mais se mata de forma violenta, o Pará se destaca negativamente tendo outras cinco cidades compondo o ranking dos 20 municípios com mais de 100 mil habitantes com as maiores taxas de homicídios. São eles: Altamira (91,9), Marabá (87,7), Ananindeua (84,6), Marituba (84,5) e Castanhal (78,4).

DESIGUALDADE

O que há de comum entre os municípios paraenses e as outras mais violentas do Brasil é que elas têm nove vezes mais pessoas na extrema pobreza do que as cidades menos violentas. Aqui também temos as piores taxas de atendimento escolar da população, principalmente de 0 a 3 anos, mas refletindo também na taxa de 15 a 17 anos.

Na tabela dos 36 piores, num total de 309 municípios com mais de 100 mil pessoas em 2016, onde estão incluídos também Belém (77,0) e Paragominas (70,9), fica clara a desigualdade abismal que separa o Pará dos demais estados brasileiros. Na avaliação da porcentagem de crianças pobres, os municípios paraenses concentram as maiores fatias.

Quanto mais pobre, mais violento é o município

Quando o problema é falta de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, é nesses sete municípios, que estão as maiores taxas. Quando o problema é gravidez na adolescência, o Pará volta novamente ao topo do ranking. E quando se trata de % de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e que são vulneráveis à pobreza, são os paraenses estão na frente da lista.

Segundo o estudo, os dez municípios com mais de 100 mil habitantes e com menores taxas de homicídios têm 0,6% de pessoas extremamente pobres, enquanto os dez mais violentos têm 5,5%, em média. A porcentagem de pessoas sem saneamento básico é de 0,5% nas cidades menos violentas e de 5,9% nas mais violentas. A taxa de desocupação de jovens também é maior nas cidades com mais assassinatos. “Os indicadores mostram diferenças abissais entre as condições de desenvolvimento humano, começando pela taxa de mortes violentas, que, no último grupo, foi mais de dezesseis vezes maior”, diz o estudo.

Para a diretora executiva do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, Samira Bueno, a edição do Atlas com dados municipais tenta jogar luz a um componente da violência letal que diz respeito às condições socioeconômicas das pessoas mais atingidas pela violência. “Basicamente mostramos que municípios com melhores níveis de desenvolvimento – e aqui falamos de habitação, educação, inserção no mercado de trabalho, dentre outros – também concentram menores índices de homicídio. Ou seja, estamos falando de pobreza, mas principalmente, estamos falando de vulnerabilidade econômica e de desigualdade”, afirma.

(Luiza Mello/Diário do Pará)

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