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Justiça manda Jatene reformar escola

Em protesto por mais segurança e melhores condições de ensino, alunos da Escola Estadual Antônio Gondim Lins, no conjunto Cidade Nova V, em Ananindeua, ocupam o colégio há mais de um mês com o apoio de pais e professores. A ocupação é feita por um grupo d

Em protesto por mais segurança e melhores condições de ensino, alunos da Escola Estadual Antônio Gondim Lins, no conjunto Cidade Nova V, em Ananindeua, ocupam o colégio há mais de um mês com o apoio de pais e professores. A ocupação é feita por um grupo de cerca de 45 estudantes que dormem no prédio e realizam oficinas à comunidade para esclarecer sobre os problemas enfrentados por eles. Ontem de manhã, após uma audiência de conciliação no Fórum do município entre a parte prejudicada e o procurador do Estado, João Olegário Palacios, foi assinado um acordo no qual a atual gestão de Simão Jatene se responsabiliza em começar uma reforma no prazo máximo de 20 dias. Os alunos, por outro lado, terão de sair do local até às 12h de hoje.

A coordenadora geral da sub sede Ananindeua, Andréa Salustiano, diz que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tem prazo de até dez dias para enviar uma equipe ao local para fazer vistoria técnica a partir do que os alunos apontam como necessidade.

Durante a audiência, o que chamou a atenção da professora foi a postura “autoritária e até truculenta” do advogado do Estado. “Ele questionou a razão da ocupação e deixou claro que o interesse deles ali enquanto governo não era atender às reivindicações dos estudantes, mas de apenas garantir a devolução do prédio para administração da escola”, contou Salustiano.

Os próprios professores reuniram cerca de 20 ocorrências policiais e as apresentaram na audiência relatando os assaltos. Ficou articulado que posteriormente, ainda segundo ela, que a Seduc procure uma forma de intervenção com a Polícia Militar na escola.

Segundo os estudantes relataram ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Pará (Sintepp-PA), foram três tentativas de estupro. Para a coordenadora, a direção da escola foi omissa. “Toda menina que precisava usar o banheiro da escola era escoltada por dois estudantes do sexo masculino até a porta do banheiro, e esses colegas ficavam aguardando as alunas saírem para retornar para sala de aula”, contou. Além disso, houve uma tentativa de execução dentro de sala de aula. Os casos aconteceram em 2017.

Segundo Davi Rodrigues, 16, do 3º ano do Ensino Médio e um dos coordenadores do Grêmio Estudantil do colégio, há pouco mais de dois meses a escola sofreu um arrastão à noite, quando um grupo de criminosos invadiu o prédio, levou os pertences dos alunos e os agrediu. “Já teve caso de aluno que foi ao banheiro e foi ameaçado com uma faca por causa do celular”, relatou.

Por fim, a coordenadora diz que os estudantes irão acompanhar o processo de cumprimento dos prazos. Se o Governo descumprir o acordo, eles vão denunciar.

SUCATEADA

Salas de aula têm goteiras, ventiladores quebrados e rombos no teto

A escola enfrenta ainda uma série de problemas estruturais, com mato por toda parte e goteiras nas salas de aula. Rombos no teto impossibilitam as aulas em dias de chuva. “Quando a gente não se molha pela goteira, se molha pela grade”, disse o estudante Davi Rodrigues.

No Colégio foram flagrados ainda infiltrações, ventiladores quebrados e a ponto de cair, lâmpadas queimadas, banheiros sujos e depredados, quadra descoberta e invadida por mato, entre outros problemas.

Os próprios professores orientam os alunos a levar garrafas de água de casa para não terem de consumir a água suja dos bebedouros. “Não é todo mundo que tem condições de pagar um cursinho e assim o sonho de entrar na faculdade permanece apenas um sonho”, lamentou o garoto diante dos problemas enfrentados na escola.

(Wal Sarges e Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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