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Morar sozinho é bom, mas tem seu preço

Profissional de tecnologia em informática, Victor Arcanjo, 27 anos, já sustentou uma casa duas vezes. Dividiu apartamento dos 22 aos 24 e, no ano passado, passou a morar sozinho depois que a sua mãe se mudou para a casa de uma tia por causa de problemas d

Profissional de tecnologia em informática, Victor Arcanjo, 27 anos, já sustentou uma casa duas vezes. Dividiu apartamento dos 22 aos 24 e, no ano passado, passou a morar sozinho depois que a sua mãe se mudou para a casa de uma tia por causa de problemas de saúde. Tendo renda desde os 19, ele diz que sempre teve meios de se sustentar, ou pelo menos tentar. Mesmo assim, diz que morar só não é simples como parece.

“A parte mais difícil é também a parte mais bacana. Você percebe o valor do dinheiro e como seus pais tinham razão quando reclamavam da luz ligada. É difícil ser responsável e também é muito bacana se sentir assim”, afirma ele, que diz não ter vergonha de pedir ajuda de amigos ou da família quando a situação aperta.

Mesmo com os pais, Victor sempre ajudou nas contas a partir do momento em que começou a trabalhar, e isso funcionou como uma espécie de preparo para ele. Para manter a casa limpa, conta com uma diarista que chama uma vez por mês por não se entender muito bem com as tarefas domésticas. A TV por assinatura ele cancelou depois que a mãe saiu, por passar pouco tempo em casa.

O ar condicionado foi cortado a partir do momento em que ele começou a pagar a conta de energia elétrica sozinho. “Vale também sempre guardar uma grana para emergências, porque quando as coisas começam a quebrar, geralmente é tudo de uma vez”, alerta. Ele afirma que a questão financeira realmente é bastante delicada na hora em que se decide morar sozinho. O profissional de tecnologia em informática lembra que vale a pessoa considerar se está apto a estar só.

“Estar o tempo inteiro sozinho é difícil, principalmente na hora em que se adoece e no início da experiência. Já a parte mais difícil da rotina doméstica na minha opinião é lavar a louça, pois sempre tá se sujando algo, é um serviço infinito”, explica Supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), Roberto Sena diz não ser possível quantificar os custos fixos de se morar só porque tudo depende da renda salarial da pessoa. E lembra que essa situação pode ser muito boa, mas gera um gasto considerável.

CUSTOS

“Dependendo do nível, da situação, você tem custos diferenciados. Por exemplo, se é um assalariado, não vai morar na Braz de Aguiar, Doca de Souza Franco ou Batista Campos, bairros onde a habitação custa mais de um salário mínimo. Esse custo vai depender de uma série de fatores, mas o principal é o nível salarial”, destaca.

Por isso é comum, Sena aponta, as primeiras tentativas envolverem a divisão de uma casa ou apartamento com amigos. “A ótica é a mesma de quando se vai ao supermercado fazer compras. Tanto que às vezes a pessoa sai e volta para a casa dos pais porque não fez as contas direito”, avalia. Ele reconhece que agora, com o dinheiro mais escasso, empregos rareando e custo de vida mais alto, é bem mais difícil se arriscar na aventura de morar só do que há quatro anos.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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