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Secretário volta a dizer que se sente seguro em Belém

Um mês depois de ser duramente criticado por dizer que “se sente seguro andando em Belém”, o secretário de Segurança Pública do Estado, Luiz Fernandes Rocha, voltou a reiterar a fala, em claro sinal de deboche diante da escalada de violência que vive a po

Um mês depois de ser duramente criticado por dizer que “se sente seguro andando em Belém”, o secretário de Segurança Pública do Estado, Luiz Fernandes Rocha, voltou a reiterar a fala, em claro sinal de deboche diante da escalada de violência que vive a população do Pará, como mostram os números de assassinatos no Estado, que já chegam a 70 somente de 1º a 14 deste mês. Ele também demonstra a falta de sensibilidade diante da própria situação da Polícia Militar, já que 34 PMs já foram alvos de bandidos este ano e 23 morreram.

A frase foi dita, de novo, em apresentação para um grupo de empresários reunidos na Associação Comercial do Pará (ACP), que convocou os dirigentes para dar uma explicação para a violência e a carnificina crescente que toma conta do nosso Estado. Ele afirmou que houve “distorção” do que falou. “Me sinto seguro, sim, porque sei do trabalho que vem sendo feito.... e a população, ao ver uma viatura na rua, acaba também se sentindo mais segura”, disse.

Luiz Fernandes também criticou o noticiário da imprensa paraense, afirmando que “muito do pavor” que acomete a população hoje decorre “da divulgação que vem ocorrendo”, como se os jornais, as TVs e as rádios criassem do nada as histórias de centenas de mortes que ocorreram nos primeiros meses de 2018.

Fernandes garantiu, ainda, na ACP que houve queda nos registros de latrocínios e roubos no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, e que a maioria das mortes registradas se concentrou na região metropolitana. Só nas ocorrências de roubo, a redução, segundo o secretário, foi na ordem de 17%. Ele garantiu que todos os números serão disponibilizados no Portal da Transparência até o fim deste mês.

CRISE NACIONAL

Hilton Benigno, comandante geral da Polícia Militar, que possui à sua disposição uma viatura 24h perto do prédio onde mora, no bairro de Nazaré, falou por cerca de 10 minutos e, como se tornou praxe no Governo, jogou, mais uma vez, a culpa pela grave situação da segurança pública no contexto nacional. “A violência é uma questão nacional, e não pontual, apenas aqui do Pará”, assegurou Benigno, afirmando que 61 mil homicídios ocorreram no Brasil em 2016, que representa 10% do total das ocorrências no planeta naquele ano. Segundo o comandante 85% dessas ocorrências tem como fator direto o tráfico de drogas. “Estamos numa guerra”, reconheceu.

Cúpula da Segurança falou em evento da ACP. (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

No centro da crise da segurança pública, o coronel Hilton Benigno citou apenas dados nacionais e mundiais sobre a violência, sem falar uma única vez sobre as estatísticas estarrecedoras de crimes ocorridos no Pará. Em vez disso, preferiu criticar a imprensa querendo saber “quem ganha” com o que chamou de “ataques” diários às polícias deSimão Jatene.

Clóvis Carneiro, presidente da ACP, ponderou que, para o sistema público de segurança funcionar a contento, o Estado precisa defender e aparelhar melhor quem atua dentro dele. “Para que possam nos proteger, os que trabalham nas ruas precisam ter segurança e confiança para agir. Precisa ter o respaldo público”, criticou.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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