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Cinco crianças morrem no Pará sob suspeita de raiva humana

Cinco crianças morreram e outras cinco continuam internadas em estado grave no Pará, depois de terem sido mordidas por morcegos na comunidade rural Rio Laguna, no município de Melgaço, região do Marajó, no Pará. A Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Se

Cinco crianças morreram e outras cinco continuam internadas em estado grave no Pará, depois de terem sido mordidas por morcegos na comunidade rural Rio Laguna, no município de Melgaço, região do Marajó, no Pará. A Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) confirmou ontem, em entrevista coletiva, que a quinta vítima - um menino de nove anos -, morreu na madrugada de sexta, na Fundação Santa Casa de Misericórdia, onde estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 5 deste mês. Uma menina de oito anos segue hospitalizada em estado grave, no mesmo local, e ontem duas crianças foram transferidas do Hospital Regional de Breves para Belém. As outras duas vítimas continuam em Breves.

A Sespa não confirmou se os casos são decorrentes de surto de raiva humana naquela região. Foram coletadas amostras de soro, saliva, biopsia da nuca e líquido da medula de cinco pacientes. O material foi encaminhado para análise no Instituto Pasteur, em São Paulo, referência nacional para suspeita de casos de raiva. O resultado sai em oito dias.

“As dez crianças foram mordidas por morcegos. Clinicamente, os sintomas e sinais recorrentes são compatíveis, mas precisamos ter a confirmação do laboratório, que nos dará prioridade. O que temos é um surto em decorrência de um quadro de encefalite aguda (inflamação no cérebro), que ainda não sabemos a causa. Tudo leva a crer que possa ser indicativo em relação àquilo que estamos investigando, clinicamente e epidemiologicamente”, explicou o secretário de Saúde, Vitor Mateus.

ANÁLISES

Segundo o secretário, no dia 4, uma equipe de vigilância epidemiológica da Sespa foi a Melgaço coletar informações, a fim de obter avaliações clínicas dos casos que expressavam os sintomas, a priori, de meningite. Mas evidenciaram que as vítimas possuíam marcas de mordidas de morcegos. “As pessoas dormem e acordam com lesões provocadas por morcego e isso nos chamou a atenção. A população mora em casa de palha e sem parede de madeira. Facilmente o morcego tem acesso, principalmente às pessoas que dormem em redes”, disse. Ainda segundo Mateus, as pessoas foram atacadas nas extremidades, como mão, pé e testa.

Equipes de saúde estão no local com ações permanentes para vacinar os casos expostos, aplicar soro em casos que houver necessidade e fazer controle da diminuição dos morcegos a partir da captura dos animais e aplicação de uma pasta nas costas deles, para que eles ressequem e morram. Serão disponibilizadas àquela população mil doses de soro antirrábica e 500 mosquiteiros.

O secretário de Saúde ressaltou que a vacina é pós-exposição, ou seja, somente em caso de mordida. “Entre ter sido mordido até apresentar os sintomas, pode chegar a 60 dias, que é o período da encubação. Se a pessoa for vacinada, está imune a partir de dez dias após a medicação. O ideal é ser vacinado após ser mordido”, detalhou Vitor Mateus. “De modo geral, na transmissão pelos morcegos, boa parte deles é herbívora e não transmite doenças decorrentes que animais infectados. Cerca de 200 pessoas que moram naquela região têm evidências de que foram atacadas por morcegos no período de vários anos”, encerrou.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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