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Violência reduz faturamento em bares e restaurantes

A escalada da violência na grande Belém também já faz estrago na movimentação de negócios motivados pela vida noturna da cidade. De acordo com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará, durante a semana a frequência aos esta

A escalada da violência na grande Belém também já faz estrago na movimentação de negócios motivados pela vida noturna da cidade. De acordo com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará, durante a semana a frequência aos estabelecimentos já registra queda acima de 40%, e 30% de sexta a domingo. Quem resiste, está precisando gastar mais com a contratação de segurança privada, um custo que já começa a atingir o trabalhador e logo poderá ser repassado também ao cliente.

Some-se a isso a mudança no perfil do consumidor que, se ainda vai comer uma pizza ou tomar um chopp, sai e volta para casa bem mais cedo do que anteriormente. “Antes a pessoa marcava 22h30, 23h, para ir embora 2h, 3h. Isso não existe mais. As pessoas saem às 19h, 20h para, no máximo, 1h estarem em casa. Então, é óbvio que há uma queda de venda de produtos, e uma queda bruta no faturamento”, explica Fernando Alves, assessor jurídico
do sindicato.

Se a reforma trabalhista não afetou exatamente o trabalhador desse setor pela possibilidade de contratos intermitentes ou por dias trabalhados, veio a insegurança e fez com que isso ocorresse. “Se eu tinha 5 garçons de terça a domingo, hoje tenho 2 de terça a sexta e 3 sábado e domingo, porque foi preciso investir em monitoramento de câmeras e segurança privada”, explica. “E esse custo vai chegar ao cliente, porque sou obrigado a reduzir os dias de trabalho do meu pessoal, não contratar e ainda investir em segurança”, justifica Fernando.

Vale lembrar que os mais diversos estabelecimentos, do hospital à boate, além do alvará de funcionamento e de taxações específicas por evento, pagam, de acordo com o sindicato, uma Taxa de Segurança (lei estadual 6.010/96), cuja criação está justificada pela manutenção do Fundo de Investimento da Segurança Pública (Fisp).

TAXA

“Há dois anos foi a última vez em que ouvi falar do uso desses valores. O Estado tinha arrecadado cerca de R$ 5 milhões durante um único ano, que deveriam servir para reaparelhar a polícia. Mas a gente só sabe do sucateamento das viaturas, da estrutura de trabalho. Já derrubamos essa lei duas vezes junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o Governo sempre dá um jeito de reeditá-la com outro texto e outra numeração”, lamentou.

Em um bar localizado na Almirante Wandenkolk, no Umarizal, em Belém, durante a semana passada, quando ocorreram vários assassinatos na cidade, os clientes se ausentaram do estabelecimento. “Nessa semana só vieram apenas 20 pessoas”, disse Philippe Faciola, gerente.

Devido a redução no número de clientes, o estabelecimento adotou o sistema delivery. “Como as pessoas não estão vindo por causa do medo, atendemos eles
em domicílio”, disse.

Em outro bar na cidade, também foi sentida a ausência dos clientes, sobretudo, na área externa do estabelecimento. “O movimento caiu bastante. Antes, a procura era pra encontrar lugares nas mesas que ficam na calçada, mas agora sobra mesa lá porque as pessoas têm medo de santarem lá”, declarou a gerente, que não quis se identificar.

(Carol Menezes e Alexandre Nascimento/Diário do Pará)

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