Ação no MP pede que Governo assuma responsabilidade

Está marcada para as 9h de hoje (3) uma reunião entre familiares de policiais militares e representantes do Governo do Estado. Ontem, houve uma reunião com o promotor de Justiça Militar Armando Brasil, que se prontificou em intermediar o diálogo entre o governo e os familiares de PMs. Depois da audiência, as mulheres se retiraram da frente do 6º Batalhão de Policia Militar (BPM), onde acampavam desde a morte da cabo PM Maria de Fátima, no último domingo (29).

Segundo Pâmela Rodrigues, vice-presidente da Associação de Esposas e Familiares de Praças do Pará (AEFP/PA), a reunião com Brasil foi positiva, mas as demandas da associação são extensas e, segundo ela, requerem envolvimento de uma força maior de autoridades. “Vamos cobrar e também negociar. Esperamos nos reunir com os responsáveis da segurança pública para dar sugestões e também que eles possam propor soluções, assim como articular o que vai ser feito sobre a morte de policiais militares e a sangria que está acontecendo no estado”, detalha.

Estão confirmadas, segundo ela, as participações do comandante geral da PM, Hilton Benigno, e do Ministério Público do Estado (MPE). Eles pretendem ainda ingressar com ação no MPE contra o Estado para que o governador assuma a crise que a segurança pública está passando.

Pâmela afirma que se o Estado não conceder o que a Associação está pedindo, os familiares estão dispostos a bloquear outro Batalhão de Policia. “Novas mobilizações irão ocorrer. Fechamos o 6º [Batalhão] devido à nossa revolta pela morte da cabo Fátima. Mas, se o governador não reagir, vamos parar o 2º Batalhão também”, promete.

(Wal Sarges/Diário do Pará)