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140 policiais militares foram assassinados no Pará desde 2014

Cento e quarenta policiais militares foram assassinados no Pará nos últimos 4 anos e pouco mais de 4 meses. Os números são alarmantes e os dados anualmente são turbinados com a vulnerabilidade cada vez maior dos policiais em relação aos criminosos. Um lev

Cento e quarenta policiais militares foram assassinados no Pará nos últimos 4 anos e pouco mais de 4 meses. Os números são alarmantes e os dados anualmente são turbinados com a vulnerabilidade cada vez maior dos policiais em relação aos criminosos. Um levantamento feito pelo DIÁRIO junto às associações de PMs e bombeiros do Estado revela este crescimento. Em 2014, 23 policiais militares foram assassinados no Pará.

O número subiu bastante no ano seguinte, saltando para 28. Houve uma ligeira queda em 2016, com 26 mortos. Mas no ano passado quase dobrou. Nunca se mataram tantos policiais como em 2017: 41. E, neste ano, só nos primeiros quatro meses e dois dias de maio, foram 22 homens da PM mortos em todo o Estado.

A vítima mais recente foi o cabo Jefferson Rodrigues, de 45 anos. Ele cumpria expediente no Fundo de Saúde da PM e estava com um amigo em um bar, em Icoaraci, quando os atiradores chegaram, na madrugada de ontem (2), e executaram os dois. De comportamento excepcional, o militar era casado, pai de três filhos e há 19 anos fazia parte dos quadros da Polícia Militar.

DEPOIMENTO

Uma das filhas dele, Jéssica Castro, publicou em sua rede social um depoimento emocionante, lamentando a morte do pai, mas sem entender a forma brusca e estúpida com que sua despedida aconteceu. “Eu nasci no dia do aniversário do meu pai, ele disse que fui o maior dos presentes dele!”, declarou ela, num dos trechos da postagem.

“Ao todo, foram 49 agentes de segurança assassinados em 2017, sendo 41 deles policiais militares. Como já tivemos 22 assassinatos neste ano, o número ultrapassou a metade”, afirmou Cabo Quadros, coordenador da Associação de Defesa dos Direitos dos Militares do Pará, em entrevista ao DOL. “A gente faz o que pode, mas encara com muita revolta esse número. Nossos policiais estão morrendo quase todos os dias”, lamentou Quadros.

Com a morte do cabo Jefferson, 2018 passa a ter uma média de um policial assassinado a cada 5 dias. Em comparação, nos primeiros 4 meses de 2017, o Pará registrou 14 policiais mortos. Em 2018, a marca de 14 homicídios foi ultrapassada no dia 22 de março. “Vemos essa insegurança crescer. As esposas dos policiais estão ajudando a luta, acampadas em frente ao 6° Batalhão, realizando manifestações, para cobrar providências”, continuou cabo Quadros. “Além dos homicídios, ainda sofremos com a falta de informações sobre o sargento Franco, desaparecido há 10 dias, mas sem nenhuma resposta sobre o caso, sem ser encontrado”.


Pugilista colecionava títulos e foi morto a tiros

Segundo o tio Jura (abaixo), nunca teve inimizades com ninguém (Foto: Ricardo Amanajás)

A Academia Rocky Balboa é um centro de união da vizinhança da rua 3 de Maio, no bairro da Cremação. Todos os dias, crianças e jovens se dirigem ao local para treinar, em busca de um futuro como atleta. Mas ontem (02) a casa esteve fechada, em luto, porque um dos seus maiores nomes, o sargento da Marinha e pugilista Brendo Alisson Coelho da Costa, 20 anos, foi assassinado na noite anterior.

O tio e técnico do pugilista, Jura Oliveira, 50 anos, sentou-se triste em frente à academia. O corpo da vítima ainda estava no Instituto Médico Legal (IML) e o restante da família lidava com a liberação para o velório. “Jamais imaginei que fosse dar entrevista em uma situação dessas. Estava acostumado a ver o Brendo na imprensa por suas vitórias, nunca pensei que fosse aparecer por sua morte”, declarou.

A academia, fundada por Jura, é um projeto que tem o objetivo de ocupar a criançada e dar a elas uma nova perspectiva de vida, o que aconteceu com o Brendo. Ele treinava desde os 9 anos de idade e já tinha colecionado títulos, inclusive pela Seleção Brasileira de Boxe, aos 17, em campeonato panamericano juvenil.

Aos 20, Brendo era pai de uma menina de seis meses e se dedicava integralmente ao boxe, treinando para o campeonato Norte/Nordeste, que será em novembro. “Nunca teve nenhum envolvimento com o crime, desde sempre era no esporte. Hoje, ele vivia viajando para Rio de Janeiro, São Paulo… Quase nem parava em casa, imagina ter inimizade por aqui. As crianças admiravam muito ele”, contou Jura Oliveira.

Na noite de terça-feira (1º), Brendo estava na calçada com a esposa e a filha e dois homens em uma motocicleta chegaram disparando contra o pugilista. Primeiro, acertaram suas pernas, deixando-o jogado no chão e, por fim, deram mais tiros. O irmão do atleta, Bruno Alafyr Oliveira Pereira, 22, também foi atingido com tiros, mas foi socorrido, passou por várias cirurgias e agora está em estado estável.


(Diário do Pará)

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