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Pará tem um policial para garantir a segurança de 500 habitantes

Na esteira do assassinato de 24 agentes de segurança apenas nos primeiros quatro meses desse ano, a população que também sofre com a insegurança completa que domina a região metropolitana se pergunta: como policiais civis e militares podem proteger a vida

Na esteira do assassinato de 24 agentes de segurança apenas nos primeiros quatro meses desse ano, a população que também sofre com a insegurança completa que domina a região metropolitana se pergunta: como policiais civis e militares podem proteger a vida de cidadãos se não conseguem proteger sequer a sua própria? Como dar segurança se a polícia não se sente segura sequer para atuar nas ruas e para desenvolver minimamente seu trabalho?

Salários baixos e defasados, contingente abaixo do necessário, falta de estrutura em delegacias e batalhões, falta de equipamentos de segurança e de munição formam cotidiano dos que cuidam da segurança no Estado do Pará. Hoje é comum vermos carros da Polícia Militar parados nas esquinas e postos de gasolina da cidade porque o combustível é insuficiente e mal dá para uma ronda diária.

Carla Cristina, cabo e vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiros Militares do Estado do Pará, ressalta que o efetivo de policiais militares no Estado é de 14 mil homens hoje, número que reduz para cerca de 11 mil se levarmos em contas os policiais que estão afastados, de licença médica e os que estão indo para reserva.

Segundo ela seriam necessários pelo menos 20 mil homens para dar um mínimo de segurança para a população. “O ideal seria um policial militar para cada 100 habitantes e aqui no Pará essa relação é de 1 para 400, 500 habitantes e o resultado dessa distorção é o que vemos hoje: policiais sobrecarregados de trabalho que vão para as ruas sem munição, sem coletes e até mesmo sem combustível para realizar seu trabalho...”, critica.

Ela diz que o ideal é que o policial saia para a rua com três carregadores cheios, com 10 balas cada. “O que ocorre é que a grande maioria dos policiais sai com apenas um carregador. Se houver uma refrega o policial atira e se abriga logo em seguida. Não tem como encarar, já que muitos policiais também não têm coletes”, denuncia.

A militar diz ainda que a falta de combustível é outro problema grave que atrapalha o trabalho. As viaturas têm com uma cota de combustível para andar 12 horas em média. “Em alguns interiores há lugares que dão apenas 12 litros para andar 12h. Não há condições. A viatura tem que parar em pontos fixos pela rua todo tempo, colocando em risco a integridade dos policiais. Não mais respeito pelo agente de segurança!”, aponta.

Ela diz que muitos destacamentos e batalhões tanto na capital como no interior do Estado não têm as mínimas condições para abrigar os policiais. “Muitos locais não terminaram nem de construir... Mas estivemos agora a pouco numa reunião com o comandante geral que nos prometeu mais estrutura, mais viaturas, armamentos, reforma de batalhões e mais equipamentos. Nos garantiu. Vamos aguardar!”.

Agentes querem apoio da Força Nacional

Pablo Farah, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Pará, (Sindpol-PA) diz que o Pará precisa de muita ajuda nesse momento reduzir o sofrimento da população com o alto índice de criminalidade no Pará e especial na região metropolitana de Belém.

“Já temos 24 agentes de segurança pública mortos. São 19 PM´s, um policial civil, um agente prisional, um agente da Semob e dois guardas municipais. Isso é revoltante. Por isso sempre apoiamos o reforço da força nacional”, desabafa Farah.

Mas o que mais a categoria almeja é mais investimento por parte do governo do Estado, aparelhando as polícias, valorizando e capacitando os policiais, melhorando os salários e o atendimento nas delegacias. De acordo com o Sindicato o efetivo de Policiais Civis hoje no Pará é de 2,6 mil homens, quando seriam necessários, pelo menos, 6 mil.

“Paralelamente a isso investir na prevenção, com ações sociais, diminuindo as desigualdades sociais. Mas a curto prazo, para frearmos essa onda de homicídios no Pará, temos que somar todos os esforços possíveis”, defende.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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