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Mãe falam sobre luta na busca pela inclusão de autistas

Ao ver a alegria de Vitor Gabriel, 6 anos, ao brincar e interagir com outras crianças na Praça do Horto Municipal, em Belém, a mãe Eliane Vidal, 28, recorda os quatro anos de acompanhamento multiprofissional aos quais o filho teve acesso desde que foi dia

Ao ver a alegria de Vitor Gabriel, 6 anos, ao brincar e interagir com outras crianças na Praça do Horto Municipal, em Belém, a mãe Eliane Vidal, 28, recorda os quatro anos de acompanhamento multiprofissional aos quais o filho teve acesso desde que foi diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que contribuíram de forma incisiva para o seu desenvolvimento.

Às vésperas da comemoração do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado no dia 2 de abril, o que Eliane e outros pais esperam é que todas as crianças com TEA tenham a mesma oportunidade. Eliane conta que o diagnóstico relativamente precoce foi fundamental para que Gabriel desse início ao acompanhamento necessário.

Desde os 2 anos, a criança realiza terapias multiprofissionais que possibilitaram evoluções gradativas no desenvolvimento e na interação. “Ele não falava, não tinha interação social, ele não olhava para a gente e tinha um interesse restrito em rodas”. Foram tais sinais – também percebidos pelas professoras – que levaram os pais de Gabriel a procurarem o auxílio profissional que levou ao diagnóstico. Desde então, o pequeno divide a rotina entre a escola – onde é acompanhado por uma facilitadora - e as terapias de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicopedagogia e psicologia.

Tal estrutura já lhe garantiu grandes conquistas, sempre comemoradas pela família. “Ele falou com 4 anos de idade, mas por conta de um trabalho muito intenso. Eu costumo dizer que buscamos viver ‘um dia após o outro’ porque as evoluções são gradativas”, aponta Eliane, que explica que, para acompanhar o filho, exerce a função de mãe em tempo integral.

Diante da evolução apresentada por Gabriel, Eliane não esquece que, infelizmente, nem todas as crianças diagnosticadas com autismo têm as mesmas oportunidades. Condições que deveriam ser garantidas de forma irrestrita pelo poder público.

“Infelizmente, o sistema público não oferece condição e mesmo os planos de saúde não cobrem todas as terapias que eles precisam”, considera, ao apontar que, mesmo sendo beneficiária de plano de saúde, precisa arcar com os custos do tratamento pela rede particular. “O que eu espero para o futuro do Gabriel é que ele consiga ser independente e que tenha uma sociedade que o acolha.”

ACOLHIMENTO

O acolhimento também é buscado pela engenheira e professora Gleicy Paes, 40 anos. Mãe da pequena Karin Paes, 7, ela considera que a verdadeira inclusão está em respeitar, principalmente, que cada criança se desenvolve dentro dos seus limites.

Desde que Karin recebeu o diagnóstico de autismo, a família não mede esforços para que ela aproveite ao máximo a infância. Apesar da contribuição dos cinco tipos de terapia a que a criança tem acesso, Gleicy destaca a importância da acolhida recebida dentro da família. “O que vem em primeiro lugar é o amor, o carinho e a aceitação que ela recebe dentro de casa.”

Além das terapias e da escola, a rotina inclui a participação de Karin em apresentações de balé, teatro e contação de histórias. Atividades de lazer desenvolvidas pela filha sempre na companhia da mãe, do pai e dos demais familiares. Como praticamente qualquer mãe que vivencia a era da tecnologia, Gleicy mantém no celular inúmeros registros dos momentos vivenciados com Karin.
Diante do sorriso da filha, a engenheira não tem dúvidas de que cada esforço empenhado no dia-a-dia vale a pena. “Tudo o que eu puder fazer por ela ainda é muito pouco. A Karin é o melhor de mim, a alegria ea luz da minha vida”.

Caminhada é realizada todos os anos para lembrar o Dia de Conscientização do Autismo. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

CAMINHADA SERÁ REALIZADA NESTE DOMINGO

A inclusão também será o mote da 7ª edição da Caminhada Azul, que será realizada às 9h deste domingo (1º) na Praça Batista Campos, em Belém. Com o tema “Autismo, quem conhece inclui” a programação pretende reforçar a necessidade de se conhecer o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para combater o preconceito.

Coordenadora da ONG Amora, que faz parte da organização da caminhada, Cristina Serra aponta que a programação inclui uma exposição de instituições que prestam atendimento ao autismo. “A ideia é justamente prestar esses serviços, orientações de diagnóstico, tratamentos, atividades adaptadas que podem ser usadas na escola e em casa. É muito interessante tanto para familiares quanto para profissionais”, informa.

Ainda que as lacunas enfrentadas na garantia dos direitos dos autistas sejam muitas – seja no campo da saúde, educação ou assistência social –, Cristina destaca que tudo passa pela necessidade de inclusão. “A busca é por conscientização da sociedade para levar a mensagem de humanização com relação a receber o autista como um cidadão igual a todos.”

PARA ENTENDER

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento neurológico, caracterizado por uma alteração da comunicação social e pela presença de comportamentos repetitivos e estereotipados.
FONTE: site Autismo e Realidade

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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