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Obras de hospitais se arrastam há anos sem previsão de término

A dramática situação da saúde pública no Pará repercutiu na tribuna da Assembleia Legislativa (Alepa) durante a semana. Desta vez, foi o deputado Francisco Melo (MDB), o Chicão, quem discursou sobre a situação dos hospitais prometidos pelo governador Simã

A dramática situação da saúde pública no Pará repercutiu na tribuna da Assembleia Legislativa (Alepa) durante a semana. Desta vez, foi o deputado Francisco Melo (MDB), o Chicão, quem discursou sobre a situação dos hospitais prometidos pelo governador Simão Jatene (PSDB) e que não devem ser entregues até o fim do seu mandato.

Segundo o parlamentar, o Ministério Público Estadual (MP) já entrou na história cobrando esclarecimentos sobre obras que seguem inacabadas, apesar de terem sido iniciadas há três, quatro anos, como é o caso do hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, e o hospital de Capanema, conforme denunciado pelo DIÁRIO há duas semanas. “É um absurdo. Há pedidos de informação assinados pela promotoria do MP que falam, com todas as letras, que há obras ocorrendo ‘na surdina’, porque não há uma placa indicando o básico, que é início e término, responsável técnico, etc”, diz.

A situação é tão grave que teve até deputado da base elogiando o posicionamento do deputado Chicão. Jaques Neves, do PSC, pediu para falar e lembrou que, no caso de Capanema, por exemplo, houve uma desapropriação e desativação do antigo hospital São Joaquim, o que automaticamente sobrecarregou os demais hospitais nos arredores. “Esse hospital regional precisa ser feito com urgência. O Estado precisa fazer acontecer ou teremos mais mortes”, alertou.

De volta ao microfone, Chicão falou com preocupação em uma denúncia feita pela própria Defensoria Pública à Comissão de Saúde da Alepa sobre a falta de estrutura do Hospital Ophir Loyola, referência no tratamento de câncer em todo o Estado, no atendimento a pacientes adultos. “Para um centro de referência, faltam leitos tanto na UTI quanto na ala cirúrgica, o que piora o estado de saúde de uma doença que não espera. Até gerador não há, é uma ausência estrutural total”, lamentou. Para o fim do discurso, o deputado do MDB deixou a situação dos hospitais regionais em geral, mote da campanha de reeleição do governador durante o ano de 2014 e que até agora, e muitos aditivos depois, seguem sem funcionar porque as obras não acabam.

Hospital de Capanema perdeu o status de alta complexidade. (Foto JW Produções)

ATRASO

“Uma das situações mais graves se refere ao consórcio do Abelardo Santos e do hospital regional de Itaituba. A empresa responsável, Paulitec, à frente também de várias obras do governo PSDB, já recebeu mais de R$ 150 milhões, iniciou as obras em 2013 e o Jatene vai sair do governo sem entregar os hospitais. Minha equipe foi lá, fez fotos, e não vai ficar pronto”, afirmou.

A Paulitec também faz as obras do Hospital Regional de Itaituba, que também está sem previsão de conclusão, apesar dos milhões já investidos pelo governo. Ainda é responsável pela construção do BRT, que estaria superfaturada em mais de R$ 40 milhões, segundo relatório da CGU.

Deputado estaudal Francisco Melo. (Foto: Octávio Cardoso/Diário do Pará)

HOSPITAL DE CAPANEMA SERIA COM 120 LEITOS, MAS SÓ VAI TER 60

Para o deputado Chicão, todo esse cenário caótico da saúde pública é fruto da verdadeira obra de ficção que é o Governo de Simão Jatene. Ele citou ainda como exemplo de pouco caso mais uma vez a situação do município de Capanema, que acabou vendo seu hospital perder o status de alta complexidade para média complexidade porque o Estado não teve estrutura para erguer um prédio para 120 leitos, como firmado inicialmente no contrato com a Círculo Engenharia.

“Olha como o PSDB é descuidado com o dinheiro público: no fim das contas, ficou um hospital com apenas 60 leitos, sem audiência pública para discutir o assunto, como diz a lei, nada. O MP questionou o Estado porque viu sinais de desvio de rescursos. É mais um engodo, mais uma obra que não será entregue de acordo com o prometido”, concluiu o parlamentar.

(Carol Menezes/Diário do Pará com Redação)

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