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Comunidade em Barcarena vai acionar empresa na Justiça

A Associação Rural e Extrativista do Quilombo de Burajuba. que representa centenas de moradores da comunidade em Barcarena prejudicadas pelo derramamento de rejeitos da Hydro nos rios e igarapés da região, irá se reunir na manhã do sábado (31) para tratar

A Associação Rural e Extrativista do Quilombo de Burajuba. que representa centenas de moradores da comunidade em Barcarena prejudicadas pelo derramamento de rejeitos da Hydro nos rios e igarapés da região, irá se reunir na manhã do sábado (31) para tratar da ação civil pública que vai cobrar a indenização por parte da empresa para as 480 famílias prejudicadas pelo desastre ambiental. A ação pedirá indenização por danos ambientais, sociais e morais, a descontaminação do rio Murucupi, além da construção de um microssistema de abastecimento de água para a comunidade para evitar a contaminação dos moradores.

Ontem os moradores estiveram reunidos na subprefeitura da Vila de São Francisco com representante da Hydro que prometeu instalar na região “pontos de fuga” e de alerta para prevenir os moradores em caso de novo acidente ambiental. “Até o momento a empresa só nos fornece água, mas reivindicamos também a distribuição de cestas básicas que até agora não foram entregues, pagamento de dois salários mínimos para cada morador impactado, além do cumprimento do TAC proposto pelo Ministério Público”, diz Arivaldo Brandão, presidente da associação.

Em nota a Hydro informou que “não tem conhecimento desta ação” e que a empresa segue colaborando com o fornecimento de água potável e assistência médica nas comunidades de Burajuba, Vila Nova e Bom Futuro. “A Alunorte tem mantido diálogo com as autoridades ambientais para normalizar a operação da refinaria. Além disso, a Alunorte está negociando um acordo com o Ministério Público, que publicou sua contraproposta, a ser avaliada pela empresa”, disse a empresa.

A Hydro informou ainda que está realizando uma análise interna e outra independente, conduzida pela consultoria ambiental SGW, “para esclarecer todos os fatos relevantes em torno dos descartes de águas da chuva e águas superficiais da área da refinaria de alumina. As conclusões dessas análises serão apresentadas em 9 de abril”.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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