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Família vítima de boato de sequestro vive drama na Grande Belém

O compartilhamento de informações e denúncias falsas nas redes sociais, de forma irresponsável e sem apuração, pode causar grandes danos à vida de diversas pessoas. Uma família de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, está vivendo esse drama, após fo

O compartilhamento de informações e denúncias falsas nas redes sociais, de forma irresponsável e sem apuração, pode causar grandes danos à vida de diversas pessoas. Uma família de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, está vivendo esse drama, após fotos do carro deles serem compartilhadas e associadas a um suposto esquema de tráfico de crianças. Desde então, a vida da família tem se resumido a medo, ameaças e reclusão.

"Nós vimos a postagem nessa semana, mas já descobrimos que as fotos estão circulando desde a semana passada. Recebemos a foto do nosso carro parado em uma rua, dizendo que era utilizado para sequestrar crianças", afirma Rosa Bahia, dona do veículo. "Só então descobrimos a proporção gigantesca dessa história. Foram diversos compartilhamentos acusando a gente, até mesmo em publicações de fora do Brasil".

O boato começou de forma pequena, com uma mensagem em um grupo do WhatsApp. (Foto: divulgação)

Segundo Rosa, tudo começou de uma forma pequena, em um grupo de conversa do aplicativo WhatsApp, e se tornou uma bola de neve gigantesca. "Conseguimos rastrear de onde surgiu a primeira mensagem. Estávamos com o carro parado em uma rua quando um morador do local viu e fez a foto, compartilhando em um grupo, dizendo que era um veículo 'suspeito'", continuou Rosa. "Aí outras pessoas foram compartilhando e a situação foi crescendo, e chegou no ponto que está".

E é um ponto bastante complicado. Rosa explica que, com o boato sobre o suposto esquema de sequestro, começaram as ameaças, modificando completamente a rotina da família. "Recebemos mensagem de que vão incendiar nosso carro se o encontrarem na rua, que irão bater em quem estiver dentro. Toda vez que saímos na rua, policiais nos param e revistam todo o carro. Em uma das abordagens, chegaram a nos apontar armas. Temos um filho com lúpus, e usamos o carro para levá-lo ao tratamento, mas quando isso começou, deixamos o carro parado", lamentou Rosa. "Estamos sem trabalhar, porque precisamos do carro. O tratamento médico está parado. Minha filha pequena disse que não quer que o pai saia de casa por medo que ele morra. Estamos desesperados".

Em pouco tempo, a família passou a sofrer ameaças de diversas pessoas, que acreditaram na história. (Foto: divulgação)

A família registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso na Seccional da Cidade Nova, levando cópias de ameaças que receberam. "Só queremos que esse boato seja esclarecido. A pessoa fez essa foto do nosso carro, mas não tem noção da proporção que esse caso tomou e suas consequências", concluiu Rosa.

Pelo Facebook, Rosa iniciou uma campanha para esclarecer o caso. (foto: reprodução)

Popularmente conhecidas como "Fake News", as notícias falsas vêm se tornando um problema sério nas redes sociais, já chamando a atenção de autoridades. Atualmente, oito projetos sobre o tema tramitam no Congresso Nacional, incluindo um que prevê a remoção de conteúdos da internet e de aplicativos sem uma decisão judicial prévia. Nesta semana, o Conselho de Comunicação do Congresso criou uma comissão para avaliar e discutir as propostas.

(Gustavo Dutra/DOL)

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