8ª edição do Anuário é muito elogiada

Ter em mãos uma publicação que reúne informações econômicas, geopolíticas, políticas, culturais e sociais de um Estado com dimensões continentais como o Pará é, acima de tudo, um ganho de tempo, de recursos, mas, principalmente, de conhecimento para realização de tarefas de trabalho, de estudo e para tomada de decisões importantes nas mais variadasáreas de atuação.

Foi dessa forma que o setor produtivo local e apoiadores do projeto comemoraram o lançamento da 8ª edição do Anuário do Pará (2017/2018) na noite de sexta-feira (2) no Teatro do Sesi, que contou com as presenças de quatro ministros: Helder Barbalho (Integração Nacional), Alexandre Baldy (Cidades), Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo de Oliveira (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão).

Alexandre Baldy, Helder Barbalho, Jader Filho, Martinho Carmona, Antônio e Diogo Porto Dias. (Foto: Marco Santos)

O ponto alto do evento foram as palestras dos ministros da Fazenda e Planejamento que falaram para uma plateia de empresários, políticos, advogados, representantes de entidades de classe e da sociedade em geral sobre as perspectivas da gestão e da economia brasileira para 2018.

Jader Barbalho, Jader Filho, Dyogo de Oliveira e Henrique Meirelles. (Foto: Marco Santos)

2,5 MILHÕES DE EMPREGOS DEVEM SER GERADOS EM 2018

O Brasil deve crescer 3% ou mais em 2018 com a criação de 2,5 milhões de novos empregos formais. Essa é a expectativa otimista do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que esteve em Belém na última sexta-feira participando do lançamento do Anuário do Pará 2017/2018.

“É uma recuperação bastante forte levando-se em conta que estamos vindo que uma queda de 3,5% desde 2015 do Produto Interno Bruto e com aumento do desemprego. E isso tudo foi revertido: estamos crescendo, criando empregos e com a inflação controlada. Foi uma recuperação de menos 3,5% para 1%”, ressaltou.

Evento atraiu grande público. (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

Para manter essa trajetória de crescimento, Meirelles disse que é importante manter a política de controle de gastos públicos e de manutenção da meta inflacionária. “Com a queda da inflação a população aumenta a sua capacidade de comprar e as empresas também se recuperam. E, na medida em que o Governo controla suas despesas, sobram mais recursos para investimentos. É fundamental manter a atual política econômica”.

Dentro desse contexto o ministro afirma que o Pará também vem crescendo “e deve crescer ainda mais nos próximos anos”. Segundo ele, um dos setores que mais cresce é a agricultura, mas garante que esse crescimento atinge hoje topos os segmentos da economia (indústria, comércio, serviços, etc).

O ministro comemorou na última sexta-feira numa rede social os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho mostrando que em janeiro passado o País criou mais 77 mil empregos. “Esse é um dado muito forte porque são brasileiros que estão tendo a oportunidade de retomar sua ocupação formal e de dar o sustento da sua família. Ter um emprego e uma condição digna de vida é a melhor política social que pode existir”, pondera.

Nilton Lobato, Marcelo campos e Jaime Monteiro, da Claro, e Camilo Centeno. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Apesar do crescimento do PIB o desemprego continua alto. Meirelles justifica afirmando que o País veio de um período nefasto com destruição dos postos de trabalho nos últimos 3 anos. “Estamos retomando a criação de empregos, mas é um processo demorado para compensar o que foi perdido”.

Indagado pelos jornalistas, Henrique Meirelles riu e desconversou sobre uma possível candidatura à presidente da República em outubro. “Temos até o dia 7 de abril para definir essa questão. Até lá tomarei essa decisão de continuar como ministro ou como candidato”.

Brasil deve crescer 3% este ano, afirma Meirelles. (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

NOVIDADES DESTA EDIÇÃO

Abordagem sobre a devoção a Nossa Senhora de Fátima: traz informações sobre a “Procissão Luminosa” e sobre como essa devoção trouxe transformações sociais a partir da construção do Santuário de Fátima.

O “Guia Rápido” traz novos itens: Área Territorial, que destaca Altamira, com a maior área (159.533,26 km²) e Marituba com a menor (103,34 km²). O outro item é a População Estimada (2017), que revela a capital paraense com o maior contingente populacional (1.452.275) e Bannach, com o menor (3.200), segundo o IBGE.

O capítulo “Diversidade Biológica e Sociocultural”, que divulga alguns dos estudos de pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) traz descobertas inéditas. Na seção Sociocultural do mesmo capítulo, as novidades ficam por conta das Olimpíadas de Caixiuanã e do estudo que avalia os impactos da implantação de linhas de distribuição de energia sobre a paisagem e a fauna do Marajó.

O Anuário do Pará é uma iniciativa do DIÁRIO em parceria com a Fiepa, Norte Energia, Pró-Saúde e Sebrae e Pró-Saúde; e apoio da Agropalma, Banco da Amazônia, Claro, Hapvida, Vale e Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

(Luiz Flávio/Diário do Pará)