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Cuidado com o bolso começa na infância

Mesmo nos primeiros anos de vida, os ensinamentos sobre o valor e a origem dos produtos podem fazer a diferença no tipo de consumidores que os filhos se tornarão quando chegarem à vida adulta. O educador financeiro Hamilton Costa considera que o Brasil te

Mesmo nos primeiros anos de vida, os ensinamentos sobre o valor e a origem dos produtos podem fazer a diferença no tipo de consumidores que os filhos se tornarão quando chegarem à vida adulta. O educador financeiro Hamilton Costa considera que o Brasil tem muitos endividados. Ele atribui boa parte desse cenário à falta de educação financeira. É justamente para evitar esse tipo de condição que o educador sugere que os ensinamentos comecem cedo.

Hamilton destaca que muitos pais cometem o equívoco de não levar as crianças às compras em supermercados ou shoppings. Para ele, esses momentos são importantes justamente para iniciar o contato da criança com as situações onde é preciso lidar com o dinheiro. “Quando a criança está no supermercado e já começa a pegar as coisas, o pai e a mãe já devem começar a explicar que aquele produto não é de graça, que ele tem um custo. É preciso aproveitar esse interesse da criança para explicar o valor das coisas”.

Assim, a criança começará a ter subsídios suficientes para entender a condição financeira da família, até quanto podem comprar. A partir do momento em que a criança já tiver essa noção, Hamilton Costa recomenda a estipulação de uma mesada como uma boa estratégia para dar continuidade à educação financeira na infância. A determinação de um valor fixo por mês foi a estratégia utilizada pela assistente social Joilma Ludwig, 48 anos, e o esposo para a educação financeira dos dois filhos. Joilma conta que desde quando os meninos tinham ainda de 4 a 5 anos, começaram a conversar com os filhos sobre o valor das coisas. “Começamos a conversar sobre não desperdiçar, sobre a necessidade de valorizar os brinquedos deles porque custam dinheiro. Então começamos com a mesada”.

ENSINAMENTOS

Joilma conta que não demorou muito para que Pablo Ludwig, hoje com 13 anos, e Carlos Eduardo Ludwig, 8, começassem a entender como lidar com a quantia que recebiam. Para que consigam realizar um desejo, os meninos guardam a mesada em cofres e só os abrem quando acreditam que conseguiram o montante necessário para a compra. Tendo noção do tempo que leva para conseguir reunir determinada quantia, as crianças passaram a ter mais noção de economia.

Com os ensinamentos de economia recebidos na prática, as conquistas dos meninos já começaram a ser percebidas. Joilma lembra que em janeiro deste ano o Carlos Eduardo conseguiu trocar o celular que tinha a partir da reserva feita com o cofre. Aliado à educação financeira, a mãe conta que outros ensinamentos também são praticados, como a necessidade de realizar as tarefas e se comportarem. “Cada um tem um quadro com as suas tarefas, então eles também perdem R$5 se não cumprirem alguma delas, como não deixar a toalha molhada em cima da cama”, exemplifica.

Para Joilma, os ensinamentos sobre ganho e perda de recursos praticados hoje contribuirão para que os filhos se tornem adultos mais conscientes no futuro. “Eu sempre tive uma preocupação muito grande de dar muito e a criança não valorizar depois, achar que tudo vem muito fácil. Sabemos que não é assim, que as cosias têm de ser conquistadas. Então,é um ensinamento para a vida mesmo”, afirma.

Josiane e seu filho Jonathan (Foto: Alberto Bitar)

O cofrinho pode ser um grande aliado

A educação financeira praticada ainda na infância também já gera resultados para Jonathan Kaddmiel Barroso, 11 anos. Mãe dele, a técnica em enfermagem e universitária Josiane Barroso, 37, conta que o menino mantém uma percepção diferenciada sobre os preço dos produtos. “Na escola ele não gosta de comprar o lanche porque acha muito caro R$7 por um pão com queijo e presunto. Então, ele pediu para levar o lanche dele de casa.”

Para que consiga conquistar os seus desejos de consumo, Jonathan também mantém o hábito do cofre. Durante o ano, o menino economiza e, ao fim de cada período, verifica se o valor reservado lhe possibilita comprar o que tem vontade. A chegada a este estágio só foi possível a partir de muita conversa. Josiane lembra que sempre fez questão de explicar as decisões ao filho. Se ele pedia um carrinho novo sem ter noção de quanto custava, ela explicava que naquele momento não tinha como comprar, mas que, quem sabe, poderia comprar no futuro.

ECONOMIZAR

Dessa forma, Jonathan foi crescendo sabendo a importância de se economizar e entendendo que, às vezes, vai precisar ouvir ‘não’. “Eu não sou a mãe que diz sim para tudo. Ele sabe que vai ter as coisas conforme a necessidade e se tiver o dinheiro que não vá comprometer o nosso orçamento”, afirma.


(Cintia Magno/Diário do Pará)

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