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Conjunto Catalina: casas na mira da bandidagem

O medo e a sensação de insegurança passaram a fazer parte da rotina dos moradores do conjunto Catalina, no bairro do Mangueirão, em Belém. A área que, num passado não muito distante, estava entre as mais pacíficas da cidade se tornou alvo de um grupo arma

O medo e a sensação de insegurança passaram a fazer parte da rotina dos moradores do conjunto Catalina, no bairro do Mangueirão, em Belém. A área que, num passado não muito distante, estava entre as mais pacíficas da cidade se tornou alvo de um grupo armado que invade casas e assalta os moradores do residencial. Em menos de três dias, pelo menos duas residências foram assaltadas por homens que agem da mesma forma: chegam de carro, rendem os moradores, estacionam o veículo na garagem e colocam o que podem dentro do carro. Em seguida vão embora. Na próxima quinta-feira (22), a Associação dos Moradores irá se reunir para discutir o problema da violência no conjunto.

O assalto mais recente foi registrado na manhã de ontem, na Travessa 17 do conjunto. Os suspeitos aproveitaram o momento em que uma moradora abriu a porta de casa para o entregador de água mineral para invadir a residência. A ação criminosa foi rápida e aconteceu por volta das 9h.

A mulher e o entregador estavam na cozinha trocando os garrafões de água quando ouviram o ruído do carro entrando na garagem da casa. Ela foi verificar o que estava acontecendo e foi rendida pelos suspeitos. Eletrodomésticos e outros pertences foram levados pelos bandidos.

À tarde, a reportagem esteve no local, mas não encontrou nenhum morador no imóvel. A casa estava fechada. Vizinhos denunciaram ao DIÁRIO que esta não foi a primeira vez em que uma família foi rendida dentro de casa por assaltantes.

No último sábado (17), um morador da Travessa 12 também foi abordado por um grupo armado no exato momento em que saía de casa. Os suspeitos entraram na casa e também estacionaram o carro na garagem do imóvel.

SUSPEITOS

A comunidade suspeita que os mesmos criminosos agiram nos dois casos devido a semelhança da ação. Nas duas ocorrências o carro usado pelos bandidos seria de cor preta. No entanto quando se questiona sobre o modelo do veículo há um conflito de informações. Uns moradores afirmam que é um corsa, outros que seria um Fiat Palio.

“O caso é que está todo mundo com medo de qualquer carro que passe na frente de casa”, disse uma moradora do conjunto. Ela não conhece nenhuma das vítimas assaltadas, mas ressaltou que os moradores tem um grupo no Whatsapp justamente para trocar informações sobre o que acontece dentro do residencial.

No conjunto, moradores andam com medo de qualquer carro que passe na frente de casa. (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

“Estamos nos mobilizando e a Associação dos Moradores já agendou para a próxima quinta-feira (22) uma reunião para tratar sobre a questão da insegurança aqui na comunidade”, disse a moradora. Para se ter ideia, já têm moradores querendo que o conjunto seja transformado em um residencial fechado.

Até o início da tarde de ontem, nenhuma ocorrência sobre o roubo havia sido registrada na Polícia Civil. Segundo a comunidade, a moradora assaltada registrou o Boletim de Ocorrência na Delegacia do Bengui no decorrer da tarde.

CONJUNTO JÁ É "REINCIDENTE" EM DENÚNCIAS DE INSEGURANÇA

Essa não é a primeira vez em que o DIÁRIO denuncia a insegurança no conjunto Catalina, no bairro do Mangueirão, em Belém. Em janeiro do ano passado, o guarda municipal Wellinson Figueiredo foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) dentro da Escola Municipal Walter Leite Caminha, no conjunto. Os assaltantes que mataram o guarda roubaram a arma que ele usava. Na época, o jornal ouviu diversos moradores que denunciaram os assaltos que acontecem constantemente pelas ruas. Agora a comunidade ressalta que os bandidos já começam a invadir as casas do residencial.

A reportagem solicitou ontem a noite, por e-mail, à Polícia Militar, informações sobre o trabalho de policiamento ostensivo no conjunto Catalina. Até o fechamento desta edição não recebemos nenhuma resposta.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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