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Uso do celular em excesso pode ser dependência. Saiba mais sobre o problema

Você sabia que o uso excessivo do celular e o diagnóstico de uma possível dependência têm nome? Chama-se nomofobia e já é um assunto discutido no âmbito da saúde emocional e física, por profissionais de diferentes áreas como psiquiatria, psicologia e comu

Você sabia que o uso excessivo do celular e o diagnóstico de uma possível dependência têm nome? Chama-se nomofobia e já é um assunto discutido no âmbito da saúde emocional e física, por profissionais de diferentes áreas como psiquiatria, psicologia e comunicação. Os grandes atrativos para ficá-lo o dia conectado são jogos, WhatsApp, Facebook, entre outros.

O Instituto Delete, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um dos pioneiros nas pesquisas relacionadas ao uso descontrolado dos celulares e, entre as dicas para saber se você se enquadra nesta situação, está a observação de alguns comportamentos.

Entre eles deixar de priorizar compromissos sociais e profissionais para ficar jogando; sentir-se incomodado com a ideia de estar sem celular; ser tomado por uma sensação de vazio pela falta de conexão via aparelhos móveis. O instituto esclarece também que cerca de 90% das pessoas com nomofobia já possuem transtornos como a ansiedade.

A vendedora Lana Andrade, 36 anos, afirma que não costuma usar o celular no seu local de trabalho, uma vez que já se prejudicou no antigo emprego por causa do uso do aparelho. “Não costumo usar muito na loja, mas em casa, sim, muito por conta do WhatsApp. Quando acabo de fazer uma coisa, fico uma hora, ou mais, para atualizar as conversas com amigos, e também antes de dormir. Já me prejudicou uma vez e ficou o aprendizado, por isso uso só em casa. Eu até acho que dá para viver sem celular, mas já é um vício nosso mesmo”, brinca.

PSICÓLOGO DEFENDE DIÁLOGO NA FAMÍLIA SOBRE O TEMA

O psicólogo Rodrigo Afonso tem recebido pacientes, sobretudo jovens, que são levados ao consultório pelos seus pais em busca de orientação e tratamento para o uso excessivo de celular e outros eletrônicos. Ele observa que, além de uma nova tecnologia que mudou as interações sociais, em muitas situações os aparelhos são oferecidos a crianças e adolescentes como forma de distração e defende que seja aberto um diálogo nas famílias sobre o assunto.

“O que tenho percebido é uma queda na qualidade de vida das pessoas com a chegada deste fator. Muitas vezes noto que não conseguimos mais estar plenamente concentrados nas nossas atribuições. Pelo celular somos facilmente acionados, e correspondemos com respostas, em âmbitos diferentes da nossa vida. Além disso, a família tem um papel social que não pode ser transferido para os aplicativos, que não supre a companhia e o relacionamento interpessoal”.

O profissional acrescenta que boa parte das pessoas que podem ser diagnosticadas com nomofobia não se sente, de fato, prejudicada, por estar imersa no entretenimento disponível. Ele também pontua sobre a sensação de infelicidade e fracasso que alguns podem sentir, pela comparação constante com a vida dos outros - aquele famoso caso da grama do vizinho ser mais verde. Ele ressalta a importância do “olho no olho”.

“Os danos podem não ser perceptíveis para quem sofre com isso. Mas há relatos sobre a sensação de vazio na vida, como se a pessoa se tornasse um mero espectador na vida dos outros, do sucesso dos outros”, afirma. “No Instagram, por exemplo, é todo mundo feliz. Essa comparação faz com que a gente se sinta deprimido. Já ouvi relatos de adolescentes que olham a vida de pessoas e a deles não é aquilo que esperavam”, conta o psicólogo.

ESTRESSE

Segundo ele, é preciso notar se há alguma disfunção e procurar ajuda de um profissional. “Vivemos hoje com alta carga de estresse com várias funções ao mesmo tempo. A longo prazo essa carga aumenta e ficamos debilitados”, conclui.

A turismóloga Ana Paula Passos Fernandes, 28 anos, acredita que usa o celular por mais tempo do que considera necessário, mas afirma que o aparelho tem a sua funcionalidade por causa das preocupações com a filha de apenas um ano. E, quando esquece o smartphone em casa, fica sobressaltada. “Na verdade, eu nunca esqueço, me programo toda para não esquecer. Caso ocorra algo com a minha filha, quero ser avisada. Mas quando esqueço, fico apavorada”, diz.

E depois, analisa: “acho que a gente se tornou dependente do celular. Eu mesma acho que eu sou dependente. Só não uso muito quando estou na academia em que eu trabalho”, diz.

SE ACHA QUE ESTÁ USANDO EM EXCESSO O CELULAR, VEJA ALGUMAS DICAS

No caso de crianças, os pais devem controlar o tempo de uso de aparelhos e ensinar sobre momentos de brincar com outras atividades

Na hora de dormir, não mexa no aparelho e coloque em lugardistante da cama

Tente perceber como é viver sem passar o dia conectado, fazendo exercícios físicos e outras atividades como leitura e encontros com amigos

Verificar se existem problemas físicos (privação de sono, dores na coluna, problemas de visão) ou psicológicas (angústia, ansiedade)

Caso esteja com sintomas de ansiedade e depressão, procurar ajuda profissional como psicólogo ou psiquiatra.
Fonte: Rodrigo Afonso e Instituto Delete

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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