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Carrinhos de lanches continuam firmes e fortes nas ruas de Belém

Comuns nas equinas de Belém, os carrinhos de lanches com a tradicional chapa e legumes à mostra fazem sucesso com a clientela que busca opções de hambúrgueres ou cachorros quentes - com carne moída, salada de repolho e batata palha no pão massa fina-. Há

Comuns nas equinas de Belém, os carrinhos de lanches com a tradicional chapa e legumes à mostra fazem sucesso com a clientela que busca opções de hambúrgueres ou cachorros quentes - com carne moída, salada de repolho e batata palha no pão massa fina-. Há 43 anos no mesmo ponto, no bairro do Marco, o Lanche do Mário é um desses. Tudo começou quando o aposentado Mário Gonçalves, 73 anos, passou pela Praça da Bandeira e viu que lá tinha um carinho desses.

Ele trabalhava como soldado e queria uma forma de complementar a renda familiar. Assim, colocou um para funcionar na travessa Vileta, esquina com a avenida Almirante Barroso, local considerado estratégico por ficar ao lado de um colégio estadual de grande porte, o Souza Franco. O negócio acabou passando de pai para filho e hoje em dia é Marinaldo Barbosa, 48, quem toma conta do espaço, onde também já trabalha o sobrinho dele, Mauro Neto, 22.

“Ele começou só com cachorro quente e depois incluiu o leitão e outros lanches. Foi algo que deu certo. Eu sou formado em Direito, mas nunca exerci a profissão. A gente costuma vender de 400 a 500 lanches por noite, e final de semana aumenta. Desde os meus 10 anos venho pra cá e a gente mantém os mesmos funcionários”, diz.

Cliente assíduo, Eliseu Souza, funcionário público aposentado, 62, diz que frequenta o ponto do Mário há 40 anos. “Eu posso dizer, é o mesmo padrão, a qualidade e a forma que ele nos recebe. É imbatível. É nota 20, pois 10 é pouco. Moro aqui perto e sempre estou por aqui”, elogiou.

Também já com um longo histórico de negócios com lanches de rua, Telma Miranda, 51, herdou do marido- que morreu há sete meses-, a estrutura da Oficina do Lanche, criada há 22 anos. Ela conta que sempre foi um sonho do marido trabalhar nesse ramo até que ele conseguiu ter uma barraca ao lado da Basílica de Nazaré, onde hoje funciona o estacionamento do CAN, mas que já abrigou uma praça de alimentação.

De lá, ele partiu para a Praça Amazonas, no bairro do Jurunas, ao lado do Polo Joalheiro, onde funciona até hoje. “Ele foi correndo atrás de tudo e hoje temos esse negócio. Sou muito grata, consigo gerar 22 empregos formais e mais os frilas aos finais de semana, quando ficamos abertos até de madrugada e precisamos de reforço. Quando surgiu essa moda de food truck eu não estremeci, confio no nosso trabalho”, comenta.

CARDÁPIO

No cardápio, mais de 170 lanches elaborados pela sua equipe de chapistas, coordenados pelo gerente Sérgio Chagas, também responsável pela criação de alguns. Ele destaca a oferta de oito tipos de maionese caseiras desenvolvidas especialmente pela equipe: bacon, cheiro verde e ervas com orégano, alho, jambu, azeitona, rosé (temperada com catchup), queijo e calabresa.

“O molho de cheiro verde tem outras ervas também e é o nosso tradicional. Foi uma receita que meu marido deixou e é segredo. Tem um funcionário só para maioneses. É muita responsabilidade trabalhar com comida, temos uma cozinha industrial com quatro cozinheiras, onde fazemos tudo com antecedência e onde deixamos guardados os materiais”, diz. Na opinião de Telma Miranda, o sucesso dos carros de rua é o tempero peculiar de cada empreendimento, que varia de chapista para chapista.

Na Oficina do Lanche, até mesmo comemoração de formatura ocorreu de duas sobrinhas de Bárbara Ferreira, formadas em Direito e em Administração. A família mora nas proximidades da Praça Amazonas e parou no local para lanchar e celebrar, de uma forma bem paraense.

Fonte de renda há 34 anos

Já o Arnaldão, na travessa Lomas Valentinas esquina com a Visconde de Inhaúma, no bairro da Pedreira, foi a maneira como a família de Cláudia Roso encontrou uma fonte de renda, há 34 anos. Desde então, o negócio nunca parou de funcionar. Ela conta que é um autêntico lanche de rua e não tem pretensão de transformar o empreendimento em uma hamburgueria.

“Me perguntam quando vamos alugar um espaço para fazer uma lanchonete, mas esse não é nosso objetivo, mesmo o movimento estando menor por causa da violência. A gente sabe que as pessoas querem algo com mais segurança”, cometa. “O Arnaldo faleceu e eu continuei com a venda dos lanches e tem um que é para homenageá-lo, o ‘Arnaldão’, que serve de duas a três pessoas”, diz.

(Dominik Giusti)

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