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Motoristas da Uber ocupam terminal próximo ao aeroporto de forma irregular

á quase quatro meses, um grupo de pelo menos 15 motoristas da Uber, aplicativo de transporte privado, ocupa, de forma rotativa, o espaço onde funcionava o Terminal do Marex, localizado na avenida Júlio César, a poucos metros do Aeroporto Internacional de

á quase quatro meses, um grupo de pelo menos 15 motoristas da Uber, aplicativo de transporte privado, ocupa, de forma rotativa, o espaço onde funcionava o Terminal do Marex, localizado na avenida Júlio César, a poucos metros do Aeroporto Internacional de Belém. De acordo com o representante da equipe, que preferiu não ser identificado, a área se tornou um “local de apoio” estratégico para quem utiliza o aplicativo como renda extra. Por outro lado, os taxistas que atuam no aeroporto consideram o plano “desleal”, pois o aplicativo tem sido um concorrente que reduziu em 70% a clientela, segundo eles.

“Não estamos ocupando o local de forma irregular. Conversamos com o fiscal da empresa que ficava aqui e ele permitiu que ficássemos, desde que fosse um espaço reduzido. Não tem nenhum documento oficial que permite a nossa presença aqui, a gente apenas conversou e, até agora, não houve problema”, afirmou.

Em contrapartida, o grupo que atua com o aplicativo também fez coleta para trocar a iluminação, antes, precária. “Aqui era muito escuro, estava abandonado. Tinha assalto, tráfico de drogas”, enumerou.

Ainda segundo ele, os motoristas ocupam o local 24h por dia e “atendem não apenas a demanda do aeroporto, mas as demais. Não tínhamos nenhum ponto de apoio. A gente viu na estação o local ideal para o esquema rotativo”, enumera.

CONTRADIÇÃO

Por outro lado, Paulo Almeida, diretor da Viação Rio Guamá, empresa responsável pelo local onde opera duas linhas de ônibus: Marex – Ver-o-Peso e Marex – Pte Vargas - autorização concedida pela Prefeitura de Belém – revela que desconhece qualquer conversa ou autorização dada aos motoristas do aplicativo. “Fomos surpreendidos no início deste ano de que, aos poucos, os motoristas estavam ocupando o espaço. Desconhecemos a autorização. O que ocorre é o conflito, onde tem fluxo de usuários e de coletivos e, eles no meio, tumultuando e criando problemas na operação”, disse.

De acordo com Paulo, no início da década de 1990, o Governo do Estado era o responsável pelo local, mas com a municipalização de transportes coletivos, houve a transferência legal para a Prefeitura de Belém. Porém, desde 2014, o município concedeu a permissão para a Viação Rio Guamá operar linhas coletivas naquele Terminal. “Entendendo que a obrigação de manter o espaço é nossa, mas a tutela é da Prefeitura. Não é normal um espaço destinado à operação de ônibus e não a outro transporte de passageiros. Isso é anormal que pode trazer riscos à população”, avalia.

Por isso, ele afirma que já comunicou a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) para que tome as devidas providências. “Acreditamos que o procedimento natural era retirar os motoristas de lá”, comenta o diretor da Viação.

Rixa entre aplicativo e taxistas continua

Na semana passada, vários taxistas que não atuam no aeroporto protestaram a presença dos motoristas da Uber e retiraram a faixa fixada no chão que indicava aos passageiros onde deveriam embarcar com os motoristas particulares, em direção ao portão E, de desembarque. A reclamação não teria envolvido os taxistas da cooperativa e da associação que trabalham naquele ponto, mas também foi a encontro da opinião deles.

“Esse aplicativo está tirando comida do prato dos nossos filhos. Uma disputa desleal. Somos cadastrados, pagamos impostos, taxas para ficar aqui (aeroporto), enquanto eles (motoristas do aplicativo) não precisam de nada disso. A intenção deles é destruir com a gente e não concorrer. O preço é injusto”, critica Eduarda Lima, 46, taxista há 14 anos pela cooperativa (as viagens são cobradas de acordo com valor tabelado pela Prefeitura de Belém).

PREJUÍZOS

Taxista há 25 anos no aeroporto, Luiziel Oliveira, 55, diz que o aplicativo mudou a clientela. “Quebrou muito gente. Antes fazia 15 corridas por dia, agora mal consigo quatro”, diz o trabalhador da associação (as viagens são cobradas de acordo com valor calculado pelo taxímetro).

(Michelle Daniel)

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