Buraco atormenta moradores há mais de um ano e meio

Até um ano atrás, quando o DIÁRIO atendeu a uma denúncia da população, era apenas uma placa improvisada de papelão colocada por moradores apontando para um buraco na passagem Snapp, no bairro do Castanheira, em Belém. Ontem, ao visitar novamente a comunidade, a reportagem se deparou com uma verdadeira cratera que ocupa quase metade da via, com pelo menos três placas que criticam a gestão do prefeito Zenaldo Coutinho e apontam para o mesmo problema que se agravou e, até o momento, nenhuma providência foi tomada pelo poder público municipal.

“Isso é um protesto pacífico para chamar a atenção das autoridades. Um meio que encontramos para não impedir o direito de ir e vir da população, mas para que o nosso direito também seja visto, ouvido e atendido”, desabafa o mecânico Givanildo Rodrigues, 41.

Segundo ele, o problema existe há um ano e meio. Mesmo com denúncias à imprensa, nenhuma solução foi tomada. “Foi a erosão. E com o fluxo de carros, ônibus e até caminhão, houve o desgaste e o buraco foi aumentando”, conta.

TRANSTORNOS

Na via, o fluxo de veículos é intenso, tanto para quem pretende chegar até a avenida Augusto Montenegro, como para quem pretende ir à rodovia BR 316. Além do papelão apoiado em pedaços de madeira, os moradores também colocaram pneu dentro do buraco e até uma mesa pequena para sinalizar, impedir a aproximação e alertar para o desvio dos veículos. Isso porque além da profundidade do buraco, é possível perceber que o asfalto até o outro lado da rua está cedendo, em frente à passagem Tupy. “Teve uma senhora, criança, motoqueiro e um carro que caíram aí dentro. Se a chuva vier forte, vai encher e transbordar. Como a tubulação está quebrada, os bueiros das casas ficam entupidos. É muito transtorno”, explica Edielson Arantes, 42, morador da área.

TRÂNSITO

Por conta da cratera, até o itinerário da linha de ônibus Jaderlândia precisou ser alterado para evitar se expor ao risco. Além disso, Elielson reclama que uma consequência da cratera é o lixo que está acumulando ao lado do buraco. “O carro do lixo não leva tudo, às vezes deixa até o lixo doméstico. A gente tem de ficar correndo atrás do lixeiro”, comenta.

A Prefeitura de Belém foi procurada pela reportagem para esclarecer quais providências serão tomadas para solucionar o problema, mas até o fechamento desta edição, não deu retorno.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)