Em função das chuvas, as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas, como em ônibus, escolas e outros locais, o que facilita a transmissão da meningite, uma doença que pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, fungos e não infecciosos como os traumatismos.
Devido à gravidade, merecem maior preocupação as meningites bacterianas meningocócica, pneumocócica, tuberculosa e a causada pelo Haemophilus Influenza, que acometem as membranas do sistema nervoso central, chamadas de meninges. Alguns desses agentes como é o caso do Haemophilus tipo B, o Meningococo tipo C e o Pneumococo, podem ser evitados com vacinas que fazem parte do calendário básico de vacinação.
A transmissão da meningite é de pessoa para pessoa, por via aérea, isto é, tosse, gotas de saliva de uma pessoa contaminada para outra. Em crianças maiores e adultos, os principais sintomas são febre, dor de cabeça forte, náuseas, vômitos, dor e enrijecimento da nuca, e manchas pelo corpo.
População e os profissionais de saúde devem ficar atentos, especialmente, em relação à meningite meningocócica, que entre os sintomas, além de febre e dor de cabeça, tanto em criança como adulto, apresenta pintas arroxeadas, que com o passar do tempo unem-se e se tornam manchas, bem diferentes das pintas vermelhas apresentadas em casos de dengue, que também causa febre, dor de cabeça, dor nos olhos, músculos e juntas.
Em crianças de até oito ou nove meses, deve-se suspeitar da doença quando há febre, irritação ou agitação, vômitos e recusa alimentar, convulsões e "moleira" inchada.
Casos suspeitos
O médico infectologista Herbert Cordeiro explica que o paciente com suspeita de meningite é submetido à coleta do líquido cefalorraquidiano para posterior análise laboratorial. Com o resultado do exame em mãos o médico definirá o caso. “Em casos positivos para meningites de etiologias bacterianas, fúngicas e tuberculosas, o paciente será inicialmente internado em um dos quatro isolamentos ou em um dos seis leitos disponíveis conforme o diagnóstico”, explicou o infectologista.
Quanto à orientação aos profissionais de saúde, Cordeiro destaca a necessidade de coletar uma boa história clínica e atentar para as alterações ao exame físico e, em caso de dúvida, encaminhar ao serviço de diagnóstico de meningites (UDM).
As principais medidas preventivas contra a meningite são as vacinas, manter a casa arejada e evitar aglomerados. Portanto, à população, ele orienta que mantenha ambientes ventilados, evite aglomerados de pessoas e mantenha o calendário vacinal das crianças atualizado. “Em casos suspeitos deve procurar atendimento médico o mais breve possível e, em casos confirmados, as pessoas que mantiveram contato com o doente devem seguir as orientações da vigilância epidemiológica e, caso necessário, realizar profilaxia da doença”, detalhou o médico.
Serviço
Para o primeiro atendimento, os usuários do SUS devem procurar as Unidades Básicas de Saúde ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
(Com informações da Agência Pará)
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