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Fundador de Belém teve chegada nada amistosa

A conquista e fundação de Santa Maria de Belém do Grão Pará, ou apenas Belém, não foram exatamente planejadas pelos portugueses. A região, até então sem forma, às margens da Baía do Guajará, passou a ganhar indícios de cidade por uma mera ordem vi

A conquista e fundação de Santa Maria de Belém do Grão Pará, ou apenas Belém, não foram exatamente planejadas pelos portugueses. A região, até então sem forma, às margens da Baía do Guajará, passou a ganhar indícios de cidade por uma mera ordem vinda dos nossos colonizadores.

Designado pela coroa portuguesa para desbravar o cabo norte do Brasil, o capitão-mor Francisco Caldeira Castelo Branco chegou em terras paraenses após ter passado pela ocupação dos nossos vizinhos: Maranhão e Rio Grande do Norte. A ordem era proteger o território amazônico, ameaçado por outros povos europeus, como os franceses, que já sondavam as terras locais. Ele partiu de São Luís para Belém a bordo de uma caravela carregada de pólvoras, mantimentos e munições, na noite do Natal de 1615, no comando de sua tropa de aproximadamente cem homens. Nada amistoso, sua chegada por aqui, foi à base da “espada e cruz”. “Castelo Branco queria impor aos nativos o autoritarismo militar e a religião europeia: o catolicismo. Porém, os índios não aceitavam a catequização e nem a sua forma de governar”, relata o historiador Michel Pinho.

Após 17 dias navegando pelos rios da Amazônia, o capitão-mor, no dia 12 de janeiro de 1616, chegou a Belém - a primeira capital do Norte do Brasil. Nos seus quatro anos de permanência na cidade, seu governo passou a ter domínio territorial e econômico, através da produção da cana-de-açúcar e as drogas do sertão. “Eram produtos nativos enviados à Europa, como o couro do jacaré, a manteiga da tartaruga, a pimenta, entre outros”, conta Pinho. Nesta época, Belém ficou conhecida como capital das especiarias.

Na sua rápida trajetória na cidade, não há relatos de que Francisco Castelo Branco tenha mantido algum laço afetuoso com as terras paraenses. Ele veio e cumpriu o seu papel de manter nossas terras longe dos holandeses, franceses, ingleses e irlandeses, que mantinham contato com as populações indígenas de Cametá, Bragança e Pacajá e foi embora. “Aqui não havia uma identidade de cidade. Era uma região apenas, um local que ele passou e desbravou”, observa o historiador. Antes de deixar Belém, o colonizador teve um feito importante, conservado até os dias atuais: a primeira via de Belém: até então, Rua do Norte – hoje Siqueira Mendes – traçada até a Igreja do Carmo, margeando o rio e o Forte do Presépio, estrategicamente situado numa vista plena de combate.

Primeiros passos da urbanização

“O local era mais alto da cidade e possibilita a visão de ambos os lados dos rios”, destaca Pinho. Neste período, a cidade ficou urbanizada apenas em duas ruas e quatro travessas. Antes dos seus 50 anos, idade em que ele fundou Belém, não há muitos relatos de sua vida. O militar nasceu na pequena cidade de Castelo Branco, na região central de Portugal.

Seu nome de batismo é Francisco Caldeira, e o complemento alusivo à terra natal. O pouco que a história narra de sua vida é que ele tinha um perfil conservador e foi protagonista de intrigas políticas e econômicas durante a ocupação dos territórios conquistados. Na sua estada em Belém, ele designou o militar Pedro Teixeira para continuar a expedição pela Amazônia, e ele, por sua vez, fundou Manaus, no Amazonas.

(Roberta Paraense/ Diário do Pará)

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