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Perpétuo Socorro: fé e santuário lotado

Nas terças-feiras a cena se repete no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro do Telégrafo, em Belém. Uma multidão lota o espaço para participar das novenas, que chegam a reunir entre 25 e 35 mil pessoas por dia, segundo o pároco, padre

Nas terças-feiras a cena se repete no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro do Telégrafo, em Belém. Uma multidão lota o espaço para participar das novenas, que chegam a reunir entre 25 e 35 mil pessoas por dia, segundo o pároco, padre Márcio Halmenschlager. Nas terças, são realizadas 16 novenas.

Saúde, emprego e proteção contra a violência são alguns dos pedidos dos fiéis nas novenas. Há três meses, as terças-feiras no santuário têm reunido ainda mais pessoas e o local tem ficado com o limite máximo de lotação, que é de 3 mil pessoas. “Na segunda semana do início do ano a gente já sente uma diminuição do movimento. Neste ano isso está sendo diferente”, destaca. “A gente costuma dizer que se vive um Círio prolongado aqui”.

Ana agradece as bênçãos recebidas. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Nas novenas aparecem pessoas de vários lugares do Brasil. Para agradecer pela saúde do seu filho, a dona de casa Neide Meyrel, 40 anos, participou de uma das novenas ontem. “Há um ano meu filho passou por uma cirurgia delicada no crânio. Graças a Deus e a Nossa Senhora ele não ficou nenhum dia na UTI”, frisa.

Neide lembra que, na ocasião, estava na área da fonte, no lado de fora da igreja, rezando, quando foi acolhida por uma pessoa que nem conhecia. “Chorava de aflição por causa da cirurgia quando uma mulher se aproximou e disse que não era para eu ter medo que ia dar tudo certo. Fiquei surpresa com a situação e, ao mesmo tempo, confiante”, lembra.

Neide agradece pela saúde do filho e também pede um emprego. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

EMPREGO

Ontem, outro motivo fez a mulher recorrer à nossa Senhora do Perpétuo Socorro. “Estou almejando um emprego. Tinha uma fruteira na minha casa e, na época da cirurgia do meu filho, tive de me desfazer de tudo pra ficar com ele no hospital”, diz Neide Meyrel.

Um dos espaços que mais se destaca no santuário é a fonte, que também simboliza a fé dos fiéis. A devoção, de acordo com o padre Márcio, precisa ser sentida e a água benta pode ser levada para casa. A aposentada Ana Rodrigues, 75, diz que acredita muito na bênção da água e que é muito feliz pelas graças alcançadas. “Vou fazer 76 anos e sempre participo das novenas para agradecer por todas as graças recebidas e pela minha vida que é um dom de Deus”, afirma.

Maria também quer voltar ao merdado de trabalho. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Mesmo debaixo de chuva, a dona de casa Hilda Farias, 56, foi até a novena. “Fé e devoção nos aproximam de Deus e eu venho agradecer pela saúde do meu marido, que é diabético, e a doença está controlada”, conta Hilda, que diz ainda ter conseguido muitas bênçãos participando da novena, como a aposentadoria do esposo.

Com a carteira de trabalho nas mãos, Maria de Sousa, 57, espera uma colocação no mercado de trabalho. “Passei 8 anos numa empresa e depois para tratar da saúde precisei me afastar. Agora estou precisando e tenho fé que vou conseguir”, diz Maria.

Hilda está feliz por seu marido estar com o diabetes controlado. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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