O novo salário mínimo de R$ 954 já está em vigor no Pará e em todo o Brasil desde a última segunda-feira (1º), com um reajuste de 1,81% em relação ao praticado até 31/12/17 de R$ 937. Muito embora o aumento tenha sido apenas pela inflação, o ganho real acumulado é de quase 80% desde abril de 2003, quando foi feito o acordo entre o Governo Federal e as Centrais Sindicais sobre a valorização do salário mínimo e sua forma de reajuste. Foi o maior crescimento real em quase 78 anos de história do salário mínimo no Brasil.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) calcula que em termos nacionais o impacto do crescimento do novo mínimo na economia, nos próximos 12 meses, seja de aproximadamente R$ 5 bilhões, alcançando aproximadamente 24 milhões de pessoas.
Em termos regionais, o Dieese estima que cerca de R$ 600 milhões devem entrar na economia dos sete estados do Norte, alcançando cerca de 2,7 milhões de pessoas. Segundo o órgão, deste total de recursos que devem entrar na economia da região, mais da metade (53% ou R$ 315 milhões) deve ser injetada na economia do Pará, uma média de cerca de R$ 24 milhões por mês, alcançando em torno de 1,4 milhão de pessoas.
No Pará, segundo análises do Dieese, de um total de 3,6 milhões de pessoas ocupadas, cerca de 40% (1,4 milhão de pessoas) recebem como remuneração máxima um salário mínimo.
CESTA BÁSICA
Apesar do aumento, o salário mínimo ainda compra pouca coisa.
Em novembro/2017, a cesta básica dos paraenses custou R$ 358,74 e comprometeu cerca de 42% do salário mínimo de R$ 937.
Com o novo mínimo, o impacto deverá diminuir um pouco, mas não o bastante para que sejam atendidos os mínimos preceitos constitucionais de garantia de habitação, vestuário, transporte, educação, alimentação, lazer, etc.
Hoje, este salário constitucional deveria ser, segundo o Dieese, em torno de R$ 3.731.
(Diário do Pará)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar