R$ 280 milhões: Mega da Virada desperta sonhos e corrida para lotéricas

O prêmio da Mega da Virada, que já entrou para a história das loterias do Brasil, tem atraído muitos apostadores às casas lotéricas, em Belém. Na manhã de ontem, as filas, em alguns locais, se formaram antes das 9h.

Mesmo com a expectativa de levar a bolada, os jogadores acreditam que fica até difícil saber o que fazer com R$ 280 milhões, prêmio estimado do concurso, que será sorteado na noite de domingo (31). No entanto, entre os sonhos, ajudar a família é a prioridade, na entrada de 2018.

Para se ter uma ideia, a dinheirama aplicada na poupança da Caixa rende R$1,2 milhão por mês. Mas não é tão simples virar milionário do dia para a noite. A chance de acertar as seis dezenas do concurso 2000 é de uma entre mais de 50 milhões.

Pensando em ter mais de uma oportunidade, o eletricista Claudiomar Silva, 58, levou 20 bilhetes para casa. “Toda a família tem de tentar a sorte e alguém ficar milionário”, diz o apostador, que sempre faz uma fezinha. “Há anos jogo. Já ganhei uns prêmios, mas nada igual a este, até porque eu não estaria aqui”, brinca.

Já a autônoma Grenda Sousa, 42, é jogadora de primeira viagem. Ela ainda não tem noção do que fazer se levar a bolada. “A única certeza é mudar de vida e ajudar as pessoas próximas”, promete.

As combinações dos jogadores são sempre as mesmas: data de aniversário, idade de alguém importante, placa do carro, número da casa. As superstições para marcar o cartão não têm limites.

Contudo, para o trabalhador em serviços gerais Fabrício Mendes,28, esse ano vai ser diferente. “Já fiz várias coisas na hora de marcar. Só que é segredo”, avisa ele, que comprou 4 bilhetes. “Dois são meus, dois dos meus filhos. Criança tem o coração bom, e a escolha pode ser certeira”, comenta.

EXPECTATIVA

O momento é de expectativa na casa de aposentada Luzia Matos, 67. “Esse ano não fizemos bolão, mas cada um tem o seu cartão”, lembra. O sonho de ajudar os sobrinhos e as pessoas que necessitam de caridade são alguns dos objetivos da apostadora. “Tem muita gente passando fome. Crianças querendo presentes, casa, comida”, observa.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)