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Uma boa rede é amiga da coluna

O hábito é antigo e continua fazendo sucesso, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil: dormir em rede. E o melhor: não faz mal à saúde da coluna. Prevista para ser publicada em meados do primeiro semestre de 2018, uma pesquisa feita em quatr

O hábito é antigo e continua fazendo sucesso, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil: dormir em rede. E o melhor: não faz mal à saúde da coluna. Prevista para ser publicada em meados do primeiro semestre de 2018, uma pesquisa feita em quatro localidades do interior do Pará, três bairros da Grande Belém e na Ilha de Mosqueiro, favorece o uso da rede. O estudo que durou cinco anos foi feito com 500 mulheres - todas dona de casa-com idades que variam entre 30 e 60. A análise está sendo produzida pela Universidade Estadual do Pará (Uepa) e o serviço de residência médica em ortopedia e traumatologia do Hospital Porto Dias.

Para o coordenador da pesquisa, o ortopedista e professor da Uepa Jean Klayn Machado, entre as conclusões do estudo está a de que dormir em rede pode até fazer bem. “Para fazer a pesquisa, partimos da hipótese de que a rede fazia mal. Porém, percebemos que foi justamente o contrário”, destaca. O levantamento foi feito por meio de análises clínica das pacientes. “Fazemos várias perguntas, medimos, pesamos e percebemos que não havia reclamações de dores por quem dormia em redes”, ressalta Klayn.

As entrevistadas foram divididas em dois grupos: um dormia em cama e outro em rede. O resultado mostrou que as mulheres que repousavam em rede tinham menos problemas de coluna e reclamações de dores. “Estamos reunindo com o estatístico para termos os dados científicos. Mas podemos afirmar que, provavelmente, dormir em rede faz bem”, destacou.

Segundo o ortopedista, a pesquisa também tem um papel social. “É acessível e pode ir para qualquer lugar. A cama tem o viés do colchão: o bom é caro. O estudo tem um papel social, alertando a possibilidade da troca”, afirma Klay.

Quem também entende de uma boa rede é o paraibano José Marcos Gomes, 49, que trabalha com a venda do produto há muito tempo. Chegou em Belém aos 20 anos, vendendo rede como ambulante. No ramo, ele abriu lojas no centro comercial e hoje mantém uma empresa de venda de redes no varejo e atacado. Apesar de o Pará não ser produtor, é um dos maiores mercados consumidores do País, segundo ele. Por mês, na loja de Marcos, são vendidas 4 mil unidades.

“As redes são feitas no Nordeste, mas o paraense é quem mais compra”, afirma Marcos. Ele explica que uma boa rede grande pode variar de R$85 até R$400. O produto, em média, tem 4 metros e pesa 3 quilos. “É no punho e nas grades que o ligam que está a resistência da rede”, informa. A orientação é de que a costura siga reta de punho a punho.

Pesquisa foi coordenada pelo ortopedista Klayn Machado (Foto: Fernando Araújo)

SERVIÇO

A PESQUISA

Foi realizada por 20 ortopedistas e residentes em Marapanim, Algodoal, Ilha do Capim, Abaetetuba, Águas Lindas, Icuí-Guajará, Vila da Barca e Mosqueiro.

- 500 mulheres avaliadas, de 30 a 60 anos, donas de casa. A publicação deve ocorrer em meados de 2018.

- A fase atual é de transformação dos dados em estatística.

ESCOLHA UMA BOA REDE

- É válido medir o tamanho do ambiente onde quer instalar o produto. Recomenda-se comprar uma rede com tamanho entre 90 cm e 100 cm maior que a distância entre os ganchos.

-As redes mais comuns são as com tecidos de fio de algodão trançados e gabardine (ou brim). O algodão trançado é mais resistente, mais fácil de ser encontrado entre as ofertas e mais barato. O tecido gabardine é mais caro, porém é bem mais confortável e frio.

- Peso: quanto maior a quantidade de cordões e quanto mais grossos forem, maior o peso suportado. Lembrando que o peso suportado também depende da instalação dos ganchos, que devem ser firmes.

- Combinar a varanda faz toda a diferença quando o assunto é o visual do ambiente, pois deixa a rede de dormir mais bonita. Mas, se quiser economizar e comprar um produto mais barato, pode optar por uma rede sem a varanda.

AO DORMIR

- Mantenha o corpo alinhado.

- Evite travesseiros altos para não ter desnível na coluna e, consequentemente, dores.

- Ajuste a altura de forma que suas pernas alcancem o chão sem dificuldades, para evitar uma queda

Elas não abrem mão da rede

"O que não pode é ficar embolada, tem de ter um lençol grosso também, pois pode fazer frio e incomodar”, Nelva Aires

A comerciante Nelva Aires, 58 anos, é um caso que vai ao encontro do que diz o estudo. A cama em seu quarto é quase um objeto decorativo. Ela sempre dormiu mesmo foi na rede. “Nunca tive dor na coluna e sou liberada pelo meu médico”, diz. Mesmo sem problemas de saúde, ela afirma que, manter uma postura reta ao dormir na rede, evita desconfortos no outro dia. “O que não pode é ficar embolada, tem de ter um lençol grosso também, pois pode fazer frio e incomodar”, destaca.

"Nunca tive problemas na coluna. A rede relaxa, mas ela deve ser de boa qualidade”, Judite Costa

l Quem também não abre mão de uma boa rede é a aposentada Judite Costa, 62. Após o almoço, para ela, não há melhor lugar para descansar. “Todos em casa gostam de redes. É uma tradição”. À noite, ela prefere dormir na cama. Mas, quando opta pela rede, não sente dores. “Nunca tive problemas na coluna. A rede relaxa, mas ela deve ser de boa qualidade”, garante.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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