Um grupo de moradores das proximidades do estádio Mangueirão denunciou a perturbação causada pelo som extremamente alto no local. Segundo os denunciantes, os abusos são frequentes e costumam acontecer principalmente nos finais de semana, nos quais são realizados campeonatos com o objetivo de premiar o som mais potente.
“Eles estão desde as 13h com o som em um volume inaceitável. Já ligamos para a polícia várias vezes e eles não aparecem. Tenho duas filhas e não conseguimos ter paz em casa”, conta o morador Wellington Moreira.
TEMA POLÊMICO
O som automotivo continua gerando questionamentos sobre as formas mais efetivas de regulamentar e fiscalizar este tipo de atividade na capital sem incomodar as pessoas. O tema têm causado divergências na Câmara Municipal de Belém, principalmente após este tipo de som ter sido reconhecido em setembro – através de projeto de lei de autoria do próprio presidente da Câmara, Mauro Freitas (PSDC) – como patrimônio cultural imaterial de Belém.
O desagrado popular e de parte do setor político repercutiu, e ewm menos de um mês após a decisão favorável, a própria prefeitura de Belém vetou o projeto de lei, baseando-se nos princípios de preservação e controle do meio ambiente.
MARTÍRIO SEMANAL
As denúncias sobre a poluição sonora causada pelo som automotivo no local é recorrente. Desde setembro os moradores da área denunciam o abuso e tentam uma solução para o caso. Segundo Irandir Mores, que também mora próximo ao estádio, o tormento faz com que os moradores passem a “odiar” os finais de semana.
“Aqui por perto está tudo ao contrário, o povo está passando a gostar mais da segunda-feira do que do domingo. Se ligamos para a polícia, eles dizem que vêm mas demoram, inclusive eles mesmos estão fazendo a segurança do evento”, diz o morador de maneira bem humorada.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar, que não atendeu às ligações e nem respondeu as mensagens de texto.
(Igor Wilson)
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