Basta percorrer algumas ruas de diferentes bairros de Belém para constatar que faltam sinalização e pintura de faixa de pedestres em diversas vias públicas.
Na Pedreira, a pintura referente à velocidade permitida está apagada na avenida Pedro Miranda com a travessa Angustura. A faixa de pedestres também não existe nesse perímetro.
Faltam sinalização e pintura da faixa de pedestres também na travessa Angustura com a avenida Duque de Caxias, no bairro do Marco.
Em outro ponto, no bairro do Umarizal, não existe faixa de pedestre no cruzamento da travessa Nove de Janeiro com a rua Domingos Marreiros. No mesmo local, os semáforos estavam sem funcionamento na tarde de ontem, o que contribuiu para que os motoristas passassem em alta velocidade, desrespeitando pedestres e ciclistas.
O QUE DIZ A LEI
A instalação de sinalização em via pública é do município, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O documento determina que a sinalização será colocada em posição e condições que a tornem perfeitamente visíveis, dia e noite, em distâncias compatíveis com a segurança de trânsito. Mas na prática não é assim que funciona nos locais visitados.
Na avenida Duque de Caxias, a faixa foi coberta por uam camada de asfalto. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)
Faz aproximadamente um ano, segundo os moradores do Umarizal, que não há mais faixa de pedestre no cruzamento da Nove de Janeiro com a rua Domingos Marreiros, nem faixa de retenção. Quanto aos semáforos, muitas vezes ficam sem funcionar, relata a estudante de fisioterapia Adriane Dias, 22. “Aqui a gente tem de ter muito cuidado para atravessar”, diz.
A especialista em trânsito Patrícia Bittencourt reforça que a falta de sinalização “potencializa o risco de acidentes” e destaca que, mesmo com semáforos, locais com cruzamentos devem ter pelo menos a faixa de pedestre de retenção, que é a faixa transversal à via, que indica até onde o veículo deve parar.
DESRESPEITO
“Eu me pergunto como fica a situação de deficientes auditivos ou visuais sem a presença de uma faixa de pedestre eficaz”, questiona a universitária Beatriz Ferreira, 19, sobre o trecho da Angustura com a Duque de Caxias, no Marco.
Na Pedreira, os moradores dizem que o desrespeito por parte de motoristas é contínuo. “Quando a faixa não está pintada na pista, o pedestre não sabe se pode atravessar com segurança”, diz a funcionária pública Alessandra Vidal, 40.
Na travessa Nove de Janeiro, pedestres se arriscam na travessia sem qualquer sinalização. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)
FAIXAS DE TRAVESSIA DÃO SEGURANÇA, MESMO ONDE HÁ SEMÁFOROS
A especialista em trânsito Patricia Bittencourt considera deficitária a sinalização de Belém. “A faixa de pedestre não deixa de ser uma segurança para o pedestre. Tendo semáforo ou não, é muito importante para a sinalização”, alerta.
OUTRO LADO
A Prefeitura de Belém informa que a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) vem executando uma série de serviços para revitalizar e atualizar a sinalização de trânsito em diversas vias do município.
A respeito das vias indicadas na reportagem, a Semob informa que serão incluídas no cronograma de ações do órgão. Sobre os semáforos com problemas, o órgão afirma que, sempre que detectado, faz o reparo.
O órgão alerta ainda que se deve dirigir com velocidade moderada, mesmo que a área não tenha sinalização.
(Wal Sarges/Diário do Pará)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar