Jader pede ao governo federal a construção de mais moradias no Pará

O Pará tem um dos maiores déficits habitacionais do País. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam que mais de 1,2 milhão de paraenses não possuem casa própria ou vivem em condições precárias, consideradas impróprias para a promoção de vida digna aos moradores. O Programa Minha Casa Minha Vida, administrado pelo Ministério das Cidades, conseguiu construir pouco mais de 103 mil moradias no Estado, deixando um saldo de 45 mil unidades habitacionais em fase lenta de construção.

Para o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), a situação do Pará é preocupante e, por isso, é necessário ter mais atenção por parte do Ministério das Cidades. A Região Metropolitana de Belém (RMB), por exemplo, é a que apresenta o maior déficit de moradias do Brasil, segundo o Ipea. Logo após um encontro com o novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy - que tomou posse na última quarta-feira (22)-, no qual relatou a grave situação habitacional no Estado, o senador encaminhou um ofício com documentos que mostram a dura realidade da população paraense que sofre, principalmente, com a precariedade das moradias.

No documento encaminhado ao ministro Baldy, Jader Barbalho reforça uma série de pedidos feitos anteriormente ao Ministério das Cidades. São solicitações encaminhadas por associações e por municípios já devidamente cadastradas na Caixa Econômica Federal.

“Os municípios paraenses que solicitaram a construção de casas populares são carentes de recursos federais e possuem diversas famílias que estão aguardando a chance de conseguirem uma casa para morar”, enfatiza o senador na solicitação feita ao novo ministro. Jader Barbalho pede que o Ministério priorize a construção de mais unidades habitacionais dentro do Programa Minha Casa Minha Vida no Pará devido às particularidades do Estado, onde existem muitas casas construídas em palafitas, sem possibilitar condições de vida digna aos seus moradores. “Todas as associações e entidades que estão pleiteando as liberações já apresentaram a documentação junto à Caixa Econômica Federal e estão aptas para serem contratadas”, detalha o senador.

GRATIDÃO

Jader tem participado, juntamente com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, da entrega de novas unidades do Minha Casa Minha Vida no interior do Pará. “É algo que impressiona a todos a gratidão e contentamento das pessoas que conseguiram adquirir sua casa própria. Por outro lado, é também crescente o número de cidadãos paraenses que nos abordam durante nossas visitas às comunidades fazendo apelo para que consigam adquirir moradias dignas”, lembrou o senador.

“Garantir habitação digna a todos é uma questão prioritária para o nosso País. O direito à moradia proporciona ao ser humano o desfrute de uma vida de pleno respeito e desenvolvimento. É, acima de tudo, um direito fundamental do cidadão e, principalmente, a garantia do princípio da dignidade da pessoa humana”, reforçou o senador, ao defender que o Governo Federal avance ainda mais na entrega de unidades habitacionais previstas no Minha Casa Minha Vida.

DIREITO

Para o senador, ampliar o direito à moradia por meio de programas sociais é permitir que milhões de famílias possam dar início a “um novo capítulo de suas histórias”. Ele lembra que o déficit habitacional no País expõe as desigualdades sociais e de renda ainda prevalentes no Brasil.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostra que 90% das famílias brasileiras que não possuem casa vivem com renda menor que 3 salários
mínimos por mês. Em recente resposta encaminhada ao gabinete do senador Jader, em Brasília, o Ministério das Cidades informou que continuam paralisadas as obras de construção de 5.103 unidades do Minha Casa Minha Vida destinadas à população paraense. Jader Barbalho solicitou ao novo ministro que analise as razões dessas paralisações. “É uma causa que exige que estejamos unidos para tentar fazer com que os entraves sejam resolvidos e as unidades habitacionais sejam entregues às famílias que aguardam com ansiedade a solução desses problemas”.

(Luiza Mello/Diário do Pará)