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Veja os principais golpes na internet e saiba como evitar

As delegacias de polícia que investigam diferentes tipos de golpes seguem recebendo cada vez mais denúncias de situações que soam improváveis a ponto de se chegar a uma conclusão: ser vítima desse tipo de crime é mais comum do que se pensa. Na internet, e

As delegacias de polícia que investigam diferentes tipos de golpes seguem recebendo cada vez mais denúncias de situações que soam improváveis a ponto de se chegar a uma conclusão: ser vítima desse tipo de crime é mais comum do que se pensa. Na internet, então, os cuidadosprecisam ser redobrados.

Aquele e-mail que diz que a pessoa foi sorteada em determinada situação, ou que alguém se passa pelo gerente do banco pedindo dados pessoais da conta ou mesmo que informa de um cartão de crédito pré-aprovado são situações que devem acender o sinal de alerta. Diretora da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), Vanessa Lee confirma que as denúncias mais comuns são situações ligadas nessas práticas, ou seja, são crimes patrimoniais. As redes sociais também são palco desse tipo de crime com maior frequência do que se imagina, dadas as quantidades de informações pessoais que estão por lá, bem como a velocidade com que circulam.

“Fraudes no comércio eletrônico, sites de financiadoras que não existem, estelionato em sites de compra e venda de usados, invasão de contas correntes a partir de e-mails enviados com links e anexos que instalam ‘invasores’ são os mais recorrentes”, avalia.

E não é deixar de usar a tecnologia que resolve o problema, a delegada faz questão de explicar. “O problema não está no meio ou aplicativos”, diz. “Se eu não comprei em loja tal, por que vou clicar em uma mensagem ou link só porque está escrito ‘clique aqui’, ou abrir uma mensagem referente a um cartão de crédito ou serviço que nunca foi solicitado?”, alerta. “O criminoso se vale dessas promessas fáceis nas quais a vítima acredita”, instrui Vanessa.

Diretor da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), que investiga os chamados golpes “físicos”, o delegado Neyvaldo da Silva alerta que é preciso prevenção e “desconfiômetro”. “A gente acha que não, mas cai muita gente que a gente não imagina que possa cair nesses golpes: médicos, advogados, policiais”, destaca. “E uma coisa é certa: depois que o golpe é concretizado, a possibilidade de recuperar o que foi perdido, especialmente se for dinheiro ou bens materiais, é quase impossível”, lamenta.

Ele explica que a prática do estelionato, nesses casos, tem muito a ver com a capacidade de o criminoso identificar algum tipo de fragilidade na vítima. Os mais comuns registrados pela Dioe se referem às vendas, principalmente de veículos, em sites de compra e venda de produtos usados, e o do “Príncipe Encantado”, que mexe com o emocional da vítima. Também há casos da pessoa que tem um parente hospitalizado receber uma ligação informando que o paciente precisa passar por um procedimento urgente que só pode ser realizado mediante um depósito bancário imediato. “O golpista vai certo na fragilidade de quem está angustiado ou desesperado por um problema de saúde na família e nem pensa duas vezes antes de fazer o que for preciso em nome do bem-estar de quem está no hospital, nem checa com o médico se é verdade ou não”, detalha Neyvaldo, que afirma entender que há um mesmo “caminho do estelionato” (veja box abaixo) em todos os crimes.

CRÉDITO

Há vezes, segundo ele, em que a vítima percebe que há algo estranho, mas ainda assim se recusa a acreditar no que está acontecendo. “Recebi uma senhora inconformada por estar caindo no ‘Príncipe Encantado’, que é a história do estrangeiro que começa um namoro pela internet, diz que virá ao Brasil conhecer a ‘namorada’ e depois começa a pedir dinheiro para conseguir fazer a viagem sob a promessa de que devolverá tudo assim que o casal estiver junto. Ela me dizia que queria depositar o dinheiro e que não acreditava, porque o homem era tão gentil e não seria capaz de fazer aquilo”, relata o delegado. “A lábia do criminoso é tanta que a gente tem um trabalho enorme para fazer com a vítima se convença que foi enganada”, revela.

O pior de tudo é que, aparentemente, trata-se de um crime que compensa, no entendimento de Neyvaldo. Isso porque não é incomum que o criminoso consiga aplicar novamente o mesmo golpe, mesmo já tendo passagem pela cadeia por causa desses crimes, em cidades ou Estados diferentes. “Me contataram uma vez de Uruguaiana (RS) para que eu olhasse fotos de dois homens que eu já tinha prendido aqui e que estavam por lá, à procura de vítimas. Eles viram a matéria que o próprio DIÁRIO à época deu e me procuraram”, conta. “A imprensa tem um papel muito importante nesse alerta”, diz.

OUTROS TIPOS DE GOLPES PELA INTERNET E POR TELEFONE

CARRO QUEBRADO OU “BENÇA, TIA”

Esse é um golpe cometido por detentos de presídios. O criminoso liga para números aleatórios e, quando alguém atende, diz :“Bença, tia (o)”. O suspeito se passa por parente da vítima, geralmente sobrinho, e diz que está com o carro quebrado na estrada e que precisa de dinheiro para o guincho ou para pagar o mecânico. A vítima, acreditando que o parente está com dificuldades, realiza o depósito. Em outra versão do golpe, o estelionatário pode pedir crédito de celular, supostamente para manter contatocom a seguradora e com familiares.

É necessário que a pessoa, antes de tomar qualquer decisão, se acalme e cheque as informações. Conferir se o número do telefone da ligação é o mesmo do parente e entrar em contato com os familiares mais próximos da pessoa, para saber se a situação é real, são maneiras de evitar cair no golpe.

ENVELOPE VAZIO

O estelionatário realiza a compra dos bens e faz o depósito em um envelope sem o dinheiro. Ao apresentar o comprovante de pagamento, a vítima entrega a mercadoria, descobrindo mais tarde que sofreu um golpe. Neste caso, a vítima deve ficar atenta se o valor do comprovante está ou não bloqueado e entregar a mercadoria somente quando o valor tiver liberado. Em caso de dúvidas, entrar em contato com o gerente do banco para saber se o dinheiro entrou na conta ou não.

GINCANA DE PROGRAMAS DE TV

Geralmente cometido por detentos de dentro presídios com o objetivo de arrecadar créditos de celular. Neste golpe, o criminoso envia uma mensagem de texto dizendo que a pessoa acabou de ganhar um carro, uma casa ou algum eletrodoméstico e que, para receber o bem, basta seguir as instruções contidas na mensagem. Quando a vítima compra o crédito de celular, o golpista oferece novos prêmios em troca de mais créditos. A orientação neste caso é que as pessoas saibam que programas de televisão não realizam gincanas através do telefone nesses moldes.

FALSO SEQUESTRO

Esse golpe é tratado como extorsão, e não estelionato. O autor do golpe liga aleatoriamente para telefones de vítimas e diz que está com o(a) filho(a) e exige dinheiro para o resgate. Com ameaças de morte e aproveitando a situação de nervosismo, os golpistas podem convencer a vítima de que estão com alguém de sua família.

O delegado Fábio Beccard explicou que, na execução desse golpe, o estelionatário procura manter o contato com a vítima o tempo todo, não deixando que ela desligue o telefone, para que não entre em contato com o(a) filho(a). “Por ser um parente mais próximo, fica mais fácil a vítima cruzar as informações e descobrir que está sendo vítima de um golpe”, explicou o delegado.

COMPRA E VENDA DE OBJETOS EM SITES PARTICULARES Nesses sites, os usuários podem comprar e vender produtos novos ou usados particularmente, por meio de uma negociação direta. Os golpes podem ser aplicados tanto pelo “vendedor” como pelo “comprador” funcionando da seguinte maneira.

Golpe 1: O golpista faz a compra do produto anunciado pela vítima no site e não efetua o pagamento, mas envia um comprovante falso em nome do gerenciador do site, confirmando que o produto foi pago. Entre outros comprovantes falsos, o golpista pode enviar ainda a validade do seu cadastro no site e a indicação de cliente confiável.

Em seguida, o falso comprador envia um e-mail para vítima, falando que precisa do produto com urgência e que ele deve ser enviado ainda no mesmo dia.

Alguns fatores podem auxiliar identificar este golpe como o layout dos e-mails enviados, que, apesar de parecidos apresenta diferenças, como logomarca do site, cores padrão, tipografia e linguagem utilizada; o destino da mercadoria geralmente é uma cidade pequena, pouco conhecida; além da urgência na entrega do produto por motivo estranho.

Golpe 2: A vítima compra um produto anunciado no site, efetua o pagamento, mas não recebe o produto ou recebe um produto com características diferentes do que comprou. Exemplo: comprou uma corrente de ouro e recebeu uma bijuteria.

Fonte: JusBrasil, site brasileiro considerado uma das maiores comunidades jurídicas do mundo, com 25 milhões de participantes.

O CAMINHO DO ESTELIONATO

O estelionatário escolhe sua vítima de forma minuciosa. Se quer dar um golpe de R$ 100 mil, vai atrás de quem tem esse recurso.

Vítima escolhida, começa o trabalho a fim de conquistar a confiança da pessoa. Um caso citado pelo delegado Neyvaldo da Silva é um estelionatário que só sabia a data de nascimento do alvo e apareceu na casa da pessoa naquela data com um bolo de aniversário. Comovida, a vítima se tornou amiga do criminoso e, no fim das contas, perdeu dois carros por causa do golpe que sofreu.

A vítima não acredita que possa estar sendo enganada.

A fuga. É quando a pessoa desativa o telefone celular, quando o endereço dado não corresponde ou não existe, ou mesmo está desocupado. O golpe foi aplicado.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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