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Sem prestígio, Jatene pode perder cargo público pós-eleição

Não é só com a população que o governador Simão Jatene (PSDB) tem sentido o seu prestígio despencar. Na semana passada, em tom de especulação, um blog local publicou que o tucano estaria falando aos correligionários sobre a intenção de concorrer a uma das

Não é só com a população que o governador Simão Jatene (PSDB) tem sentido o seu prestígio despencar. Na semana passada, em tom de especulação, um blog local publicou que o tucano estaria falando aos correligionários sobre a intenção de concorrer a uma das duas vagas que o Pará terá no Senado Federal nas eleições de 2018. O falatório vai de encontro à já bastante aguardada candidatura do atual presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda (DEM), ao mesmo cargo, e com apoio teoricamente prometido do PSDB.

Tanto base quanto oposição são uníssonos nos comentários de que se realmente fizer isso, Jatene não contará, para essa empreitada, com o apoio dos parlamentares nem de um lado e nem de outro. E sugerem ainda que, para evitar desconforto, ele concorra a uma vaga como deputado estadual, para o qual tranquilamente seria eleito e garantiria o que de fato lhe interessa no mandato político: o foro privilegiado que lhe blinda contra os muitos embates judiciais que têm enfrentado.

TRATAMENTO

O DIÁRIO conversou com deputados da base aliada da gestão do governador e, em um primeiro instante, é consenso que, nesse momento, a um ano do pleito, o que não faltam são especulações. Mas se questionados sobre o que fariam caso ele realmente tente ser senador, a resposta é a mesma: o candidato do parlamento é mesmo Miranda, e que Jatene deve esperar de seus deputados o mesmo tratamento que tem dispensado a eles nos últimos dois anos.

Quem vive o dia a dia da Alepa não precisa entender muito de política para sacar que o presidente está, indubitavelmente, em campanha. Outro consenso é o de que Jatene precisa, definitivamente, ser eleito se quiser escapar de uma condenação em uma vara comum, que poderia facilmente lhe levar à prisão.

TRE: GOVERNADOR ESTÁ CASSADO E INELEGÍVEL ATÉ 2022

Advogados da área eleitoral ouvidos pelo DIÁRIO lembram, no entanto, que a cassação imputada a ele em março desse ano pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) também o tornou inelegível até 2022. Embora ele tenha sido mantido no cargo por força da apelação à sentença, o mesmo não vale para a questão da inelegibilidade. Ou seja, ele só poderia se candidatar se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluísse o processo e o absolvesse até a data-limite para o registro de candidatura. Resta saber se o TRE levará isso em consideração caso o governador tente uma candidatura.

Tido como uma figura que circula bem entre os dois lados, Miranda também leva a preferência entre os deputados da oposição. Líder do PMDB na Assembleia, Iran Lima alerta para o fato de que Jatene parece agir como se Miranda já estivesse fora do páreo. “Não acredito que o governador saia candidato se não tiver certeza da eleição. Ele precisa do mandato e do foro por causa do processo sobre a Cerpasa, que está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e se ele fica sem mandato, o caso desce para uma vara federal de primeira instância, e para mandarem prender um ex-governador é da noite para o dia”, alerta. Ele confirma que há comentários de que os deputados “dariam o troco” caso Jatene concorresse a um cargo majoritário e que um mandato de deputado estadual ou federal lhe garantiria um foro que, em parte, ele mesmo nomeou.

Para Tércio Nogueira, ameaça de perder para Miranda seria vexatório para o Governo. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

ESTRATÉGIA DE TENTAR ENFRAQUECER ADVERSÁRIOS É CRITICADA POR POLÍTICOS

Tércio Nogueira, deputado estadual pelo PROS, não se diz surpreso pela especulação e acredita que Jatene teme não levar a melhor se enfrentar Miranda, e por isso inicia desde já um movimento no sentido de enfraquecer o apoio à candidatura do presidente da Alepa. “Seria vexatório perder para o pupilo, isso é dito tanto pela oposição como pela base”, alfineta.

Airton Faleiro, do PT, critica o fato de que o grupo político ligado ao governador ainda não conseguiu montar um cenário que agrade a todos. “Se continuar com essa política de estreitamento em torno das figuras antigas do PSDB acredito que isso vai dificultar o relacionamento com o deputado Márcio Miranda. E não creio que ele dependa tanto assim do PSDB”, avalia o parlamentar.

(Diário do Pará)

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