O Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF/PA) encerra hoje a 4ª edição do projeto Farmacêutico Pai d’Égua, que tem como principal objetivo conscientizar a sociedade sobre o descarte adequado de medicamentos com validade vencida ou em desuso. Cerca de 25 mil pessoas são esperadas no evento que também oferece serviços básicos de atendimento à população.
Segundo o coordenador do projeto, Henrique Vogado, o Farmacêutico Pai d’Égua surgiu em 2014 com a ideia chamada “descartômetro”, criada para orientar a população a fazer o descarte correto de medicamentos. Comumente, os remédios são jogados em lixeiras ou até mesmo pelos ralos de pias e vasos sanitários, o que é prejudicial para a saúde humana, animal e o meio ambiente. “Temos a população que está nos lixões públicos. Então, o que esta pessoa vai fazer com este medicamento vencido? Fazer uso? Comercializar? A primeira preocupação é com as pessoas. A outra é com o meio ambiente. Há estudos que indicam que um quilo de medicamento jogado no lixo pode contaminar até 450 litros, além da contaminação de solo”, explicou.
Em janeiro deste ano, a lei municipal 9.268/17, a Lei do descartômetro, foi aprovada e determina o despejo de remédios vencidos ou em desuso em locais apropriados, como farmácias e postos de saúde.
Para Vogado, esta foi uma grande vitória da sociedade. “Começamos este debate e, felizmente, para a nossa sociedade culminou na aprovação de uma lei municipal, em que hoje as farmácias e postos de saúde são obrigadas a ter uma urna de descarte, chamadas para a nossa satisfação de “descartômetro”, no teor da lei”.
EDUCAÇÃO
O estudante de Psicologia Walan Pereira, 19, recebeu uma breve explicação e orientação sobre o descarte consciente de remédios. “Jogo em lixo comum mesmo, não sabia que exista esta lei e do lado de casa tem um posto de saúde. Com certeza vou repassar a informação para todos em casa”, prometeu.
O músico Marcelo Fernandes, 18, também ficou surpreso ao saber que o descarte tão habitual e comum de tantas pessoas fosse errado. “Jogava os remédios normalmente e tive conhecimento do erro hoje”, comentou.
Já a professora Maria de Nazaré Oliveira, de 44 anos, há vários anos já é adepta do descarte consciente. “Sempre soube que o descarte poderia ser feito em farmácias e também em clínicas”, contou a educadora.
(Emily Beckman/Diário do Pará)
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