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Jatene leva assessores para passear na China e Indonésia

Um verdadeiro “trem da alegria” composto de, pelo menos, 30 pessoas, zarpou ontem na comitiva do governador Simão Jatene em direção à China e Indonésia. É uma viagem de turismo patrocinada com dinheiro público pelo Governo do Estado. Como é de praxe, não

Um verdadeiro “trem da alegria” composto de, pelo menos, 30 pessoas, zarpou ontem na comitiva do governador Simão Jatene em direção à China e Indonésia. É uma viagem de turismo patrocinada com dinheiro público pelo Governo do Estado. Como é de praxe, não se sabe o retorno que o comboio traz. Ou seja, os benefícios concretos que esse tipo de viagem longa e custosa traz ao Pará. O problema é que as muitas milhagens acumuladas nesses três mandatos do tucano não resultaram em nenhum benefício conhecido para o Estado do Pará. Muito pelo contrário: apenas o séquito que acompanha o tucano é que engorda sua conta bancária com gordas diárias, praticando turismo à custa dos cofres públicos.

Entre os “medalhões” no rol do staff estadual que seguiram para a Ásia estão o coronel César de Abreu Mello, chefe da Casa Militar (19 a 30/9 – 12 diárias); Adnan Demachki, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (18 a 27/09 - 10 diárias); Ruy Klautau de Mendonça, secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (16 a 21/09 - 6 diárias); Larissa Steiner Chermont, coordenadora de Relações Internacionais da Governadoria do Estado (17 a 28/09 – 12 diárias) e Daniel Nardin Tavares, secretário de Estado de Comunicação (19 a 30/09 – 12 diárias). Apenas nessa relação serão concedidas 52 diárias.

CARÊNCIA

A chamada “Missão Ásia”, como foi classificada a viagem no site do governo, tem como pauta principal “fechar parcerias para garantir novos investimentos em infraestrutura e fortalecer ainda mais a relação comercial com os chineses”. Segundo a notícia postada no site do governo do Estado, “o momento é oportuno para buscar estabelecer e firmar parcerias”. Entre os projetos que serão apresentados por Adnam Demachki aos chineses está a polêmica e megalomaníaca “Ferrovia Paraense”, projeto de Simão Jatene que pretende atravessar a porção oriental do Estado em 1.312 quilômetros.

Para um Estado que não consegue sequer garantir a segurança pública do cidadão, chega a ser cômico – para não dizer trágico – ver que o custo do projeto está estimado em R$ 14 bilhões... E o Governo do Estado quer a China como investidora potencial do projeto. O deputado estadual José Scaff (PMDB) lembra que o Pará é um Estado carente em todos os sentidos e em todas as áreas, que vão desde a saúde, educação, transporte e chegando na segurança pública, uma das piores do país.

“As manchetes dos jornais estão aí todo dia para quem quiser ver. Agora o governador arranja uma viagem para a China para prospectar negócios e apresentar projetos surreais”, critica. “Nenhum relatório é apresentado dessas viagens, o quanto foi gasto, nada. Enquanto uns viajam para turistar, outros milhões sofrem!”, aponta Scaff.

EM 2013 e 2015, VIAGENS AO QATAR COM A FILHA

Uma das polêmicas viagens patrocinadas pelo governador, já no curso do atual mandato, ocorreu entre os dias 13 e 24 de abril de 2015. Apesar de autorizado pelos deputados, Jatene preferiu ficar aqui e decidiu enviar para o Qatar sua filha Izabela Jatene para representá-lo, autorizada pela Assembleia Legislativa do Estado. A justificativa foi de missão oficial no interesse do Estado.

A viagem incluiu uma parada em Cambridge, na Inglaterra, para compor, a comitiva da América Latina que ia participar do 13º Congresso das Nações Unidas sobre a Prevenção do Crime e Justiça Criminal.

Até hoje não se tem conhecimento da prestação de contas dessa viagem e dos benefícios que esse passeio ao Qatar podem ter trazido ao Pará.

Dois anos antes, em dezembro de 2013, sem se preocupar com as consequências da greve dos delegados de polícia, o governador Simão Jatene manteve sua agenda e viajou para Doha, capital do Qatar, para participar da conferência “World Innovation Summit for Health - WISH, Cúpula de Inovação Mundial de Saúde”. A justificativa foi retribuir a visita da rainha Mozah, do Qatar, que esteve no Pará em setembro daquele ano, quando foram acertados os detalhes da viagem. No trem da alegria puxado pelo governador estavam a então secretária adjunta de Saúde, Heloísa Guimarães, e a coordenadora do Pro Paz, Izabela Jatene, além de outros vários auxiliares.

CUSTOS DA VIAGEM

A reportagem do DIÁRIO entrou em contato com a Secretaria de Estado de Comunicação para saber quanto vai custar aos cofres públicos, no total, a viagem à China e Indonésia, mas até o fechamento da edição, não teve resposta. O que demonstra que a falta de transparência virou a marca dessa gestão.

(Diário do Pará)

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