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Paraense relata drama com passagem de furacão: 'Ainda não pude voltar para casa'

Na última sexta-feira (8), o paraense Ethiene Botelho, de 44 anos, teve que arrumar as bagagens e sair de casa às pressas, pela primeira vez, desde que começou a morar nos Estados Unidos: ele deixou a cidade de Fort Miles, na Flórida, onde reside, por

Na última sexta-feira (8), o paraense Ethiene Botelho, de 44 anos, teve que arrumar as bagagens e sair de casa às pressas, pela primeira vez, desde que começou a morar nos Estados Unidos: ele deixou a cidade de Fort Miles, na Flórida, onde reside, por causa da passagem do furacão Irma.

O local ficou quase totalmente sem energia e com alagamentos de mais de 1 metro de altura.

Ethiene conversou com a reportagem do DOL, por telefone. Na noite desta segunda-feira (11), ele estava na Kissimmee, em uma região mais central da Flórida, a quase 250 quilômetros da cidade onde mora, junto com a esposa e com o filho deles.

“Ainda não pude voltar para casa. Na rua onde moro, a água chega a quase um metro de altura. A nossa casa tem proteção contra furacão, o único risco é se os ventos arrancassem as telhas. Mas não tem como chegar lá, por causa da água e da falta de energia”, relata Ethiene.

Ethiene ainda mandou ao DOL os mapas que mostram dezenas de vias ainda bloqueadas na região.


Do lado esquerdo, os acessos para Miami Beach com todas as pontes fecadas, e na outra imagem a rodovia que liga o oeste ao leste, de Fort Myers para Miami, está fechada, impedindo o paraense de retornar. (Foto: Reprodução)

Estocou comida e mantimentos

O paraense mora nos Estados Unidos há 17 anos. E essa não é a primeira passagem de furacão que afetou diretamente a rotina dele: em 2005, presenciou a passagem do furacão Wilma, que atingiu a Flórida com ventos de mais de 200 quilômetros por hora.

Leia também: Furacão Irma sugou água do oceano nas Bahamas

Mas a chegada do furacão Irma, neste ano, levou um clima diferente aos moradores da Flórida. “Dessa vez, tive que preparar minha casa toda. Comprei 15 caixas de água, o que dá umas 600 garrafas. Trouxe 10 galões de gasolina (cerca de 38 litros). Comprei enlatados, prevendo a falta de energia. Trouxemos até botijão de gás para emergência, já que quase todas as casass daqui usam fogão elétrico”, conta Ethiene.

E a preocupação de lá afligiu sua família na capital paraense. “Ficava me comunicando toda hora com Belém. Fiz vídeo saindo de casa, avisando que dirigia para o Norte. Nunca pensei em fazer isso, mas pedi muitas orações. Pedi muito para continuarem orando por nossa família aqui”, relatou o paraense.

Leia também: Acompanhe o furacão Irma em tempo real e veja vídeos impressionantes

Destruição

Segundo Ethiene, a preocupação não era à toa. Após causar destruição nas ilhas do Caribe e em Cuba, o furacão Irma chegou à cidade de Key West, no sul da Flórida, com ventos que chegavam a 215 km/h.

“Cerca de 20 horas antes da chegada do furacão, já estava entrando água na cidade. Entrou água em Miami. Já em Naples, a água da praia chegou a desaparecer em um trecho de centenas de metros. A tendência é que a água volte aos poucos”, relatou Ethiene.

Depois de chegar a Naples como um furacão de categoria 4, o Irma foi rebaixado para a categoria 3 e depois para a categoria 2.

Em sua página pessoal no Facebook, Ethiene comartilha o vídeo de um lago que também foi sugado pelo furacão:

Volta

Agora, a expectativa de Ethiene é retornar a Fort Miles nesta terça-feira (12) para ficar na casa de um amigo, uma das poucas residências que não tiveram o abastecimento de energia comprometido.

E um dos primeiros planos do paraense, assim que a rotina normalizar, é contratar um seguro para a casa, hábito de muitos americanos: segundo Ethiene, se os ventos tivessem arrancado o telhado da residência e inundado o local, o prejuízo poderia ser de mais de 150 mil reais.

“Agora aprendi. Uma das primeiras coisas que vou fazer é um seguro para casa. Isso se eu não mudar de cidade. Estava considerando vir para Kissimmee. Aqui é uma região mais central. Não é tão afetada, já que o furacão sempre perde força quando toca no solo”, considera o paraense.

(Hélio Granado/DOL)

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