Equipes das Polícias Militar e Civil desobstruíram a Estrada de Ferro Carajás (EFC), na altura do quilômetro 854, no município de Parauapebas, sudeste paraense, na tarde desta sexta-feira (08). A ferrovia estava interditada desde 8h desta quinta-feira (7) por integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL).
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), a desobstrução foi realizada, por volta das 16h30, por um pelotão do Batalhão do Choque, proveniente de Belém, em cumprimento da ordem judicial de desobstrução do acesso à Ferrovia da Vale.
Ainda de acordo com a Segup, a desobstrução ocorreu “sem confusão” e “sem resistência” e os 37 militares do Batalhão de Choque ficarão “por um tempo na região”.
A companhia Vale informou que obteve liminar de reintegração de posse na Justiça de Parauapebas, tendo o oficial de Justiça intimado os invasores sobre a determinação de desocupação imediata da ferrovia. "Os invasores se recusaram a cumprir a ordem judicial, caracterizando o crime de desobediência", afirma a empresa.
Com a invasão, a operação da Estrada de Ferro Carajás está paralisada. Segundo informações da Vale, "gerando prejuízos e impactando mais de 1.300 passageiros que usam diariamente o transporte público ferroviário entre 27 municípios e povoados do Pará e do Maranhão".
A nota da empresa afirma ainda que a "invasão da EFC também gera prejuízos para a toda região, pois é pelos trilhos e vagões da Estrada de Ferro Carajás que grande parte do combustível que abastece as cidades do Sul e Sudeste paraense é transportado. Da mesma forma, o transporte de grãos e de minérios, que geram empregos e divisas às cidades, ao Estado e à União fica comprometido e estacionado".
Também por nota, a Polícia Militar ressaltou que "invadir e obstruir ferrovia é crime tipificado no Código Penal" e que "a interdição da ferrovia prejudicou usuários do trem de passageiros, empreendedores e a economia da região e do Estado. Mais de 1.300 usuários do trem de passageiros foram impactos com a interrupção da viagem que não pôde chegar ao seu destino final, a estação de Parauapebas. Da mesma forma, grande parte do combustível que abastece as cidades do sul e sudeste paraense deixou de ser transportado, além do transporte de grãos e minérios, que geram empregos e divisas às cidades, ao Estado e à União foi comprometido".
O trem de passageiros sairá amanhã de São Luis (MA) com destino final à Parauapebas (PA).
(DOL)
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