A direção do Museu Paraense Emílio Goeldi realizou uma coletiva de imprensa, na tarde desta segunda-feira (4),detalhando a situação orçamentária da instituição e explicando porque bases do Museu poderiam paralisar as atividades. Na mesma tarde, o Ministro da Integração Helder Barbalho se reuniu com a diretoria do Goeldi e garantiu que se reunirá com Ministro do Planejamento, nesta semana, para garantir os recursos necessários.
Restrições orçamentárias
Na coletiva de imprensa, o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, divulgou uma carta aberta à sociedade em que explica as dificuldades orçamentárias enfrentadas pela instituição. Segundo o documento, o Museu tinha orçamento previsto de R$ 12 milhões e 700 mil reais, para 2017, mas sofreu um corte de 44%, quase metade da verba.
Segundo a carta, com o corte, restou um orçamento de R$ 7 milhões e 100 mil para 2017. Mesmo com uma política de “corte de gastos” que vem sendo implementada desde 2015 e atuando em “condições absolutamente mínimas”, segundo a diretoria, o Museu “utilizou nos primeiros 8 meses de 2017 cerca de R$ 5,6 milhões”.
A previsão é que o Museu gaste cerca de R$ 3 milhões e 700 mil até o fim do ano apenas em despesas fixas (como terceirização de serviços, segurança, manutenção, limpeza, energia, dentro outras), valor que extrapola a verba restante.
Fechamento
Por causa do déficit orçamentário apresentado, a diretoria do Museu Goeldi precisaria fechar duas bases essenciais da instituição: o Parque Zoobotânico, que recebe 400 mil turistas por ano e é o 65º local mais visitado do Brasil, segundo o Ministério do Turismo; e a Estação Científica Ferreira Pena, localizada no completo do Marajó.
A estação científica sedia pesquisas de longo prazo sobre monitoramento e avaliação da biodiversidade amazônica.
Ministro prospecta verba
Após a coletiva de imprensa, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, se reuniu com o diretor Nilson Gabas Júnior e garantiu que, nesta semana, se reunirá com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para discutir a readequação orçamentária da instituição.
Helder Barbalho já havia conversado por telefone com o presidente da República Michel Temer e havia recebido respostas positivas sobre a obtenção da verba para a manutenção das atividades do Museu.
"Conversei com o presidente Temer e disse a ele sobre a importância do Museu Emílio Goeldi para a Amazônia, para o Brasil e para o mundo. O presidente ficou sensibilizado, disse que conhecia o trabalho do Museu, que é de grande importância e que está me garantindo o recurso necessário para a sua manutenção. Ele me confidenciou, inclusive, que iria fazer uma homenagem ao museu e falar dessa ação em suas redes sociais. O presidente já autorizou de imediato a liberação de recursos para a manutenção do Goeldi”, disse Helder.
(DOL com informações de Cléo Soares/Diário do Pará)
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