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Nostalgia Belém tem o maior acervo de fotos e vídeos da Belém antiga

Já imaginou Belém com um trem em pleno centro comercial? E com o arraial de Nazaré com ingressos vendidos a R$ 1? Atravessar para Outeiro em um barco ou transitar pela avenida Almirante Barroso com trânsito livre a qualquer hora do dia? Pois bem, tudo iss

Já imaginou Belém com um trem em pleno centro comercial? E com o arraial de Nazaré com ingressos vendidos a R$ 1? Atravessar para Outeiro em um barco ou transitar pela avenida Almirante Barroso com trânsito livre a qualquer hora do dia? Pois bem, tudo isso já aconteceu e fez parte do cenário urbano da Belém de antigamente. Imagens de décadas passadas, como essas, fazem parte do acervo do Nostalgia Belém. A página nas redes sociais faz o maior sucesso entre os paraenses e até entre pessoas de outros Estados. Somente o facebook já conta com mais de 100 mil seguidores. Na entrevista abaixo, o criador da página, o publicitário e social media Robson Santos, 30 anos, conta como surgiu essa ideia e os desafios para alimentar uma página voltada para o passado da cidade, além de um site e um Instagram do mesmo projeto.

Como surgiu a ideia de criação do Nostalgia Belém?
Sempre gostei de pesquisar imagens antigas e histórias de coisas que considero interessantes na cidade. Depois, vi também que não havia na internet nada semelhante ao que eu desejava fazer. Ou seja, algo que explorasse a memória da cidade em vários aspectos, indo para além dos prédios e monumentos.

A página no Facebook foi criada em 2012 e hoje já conta com 113 mil seguidores, além de outros 27 mil no Instagram. Você imaginava que ia ter tanta gente interessada no assunto?
Não mesmo. Até costumo brincar dizendo que não imaginava que Belém tivesse tantos malucos como eu.
PA que se deve tanta vontade de ver a história, na tua opinião?
RAcho que, para a internet, e em especial o Facebook, o produto do Nostalgia Belém é inédito. Os blogs que já falavam sobre isso acabavam tendo uma abordagem mais histórica, enquanto que o meu tem um víeis mais publicitário, com pouco texto, e apelando mais para o lado sentimental das pessoas.

O sentimento é o grande diferencial do Nostalgia?
Sem dúvida. As pessoas veem a foto e se enxergam nela. Lembram que já viveram aquele momento. A loja que não existe mais, o prédio que foi demolido, a rua que mudou drasticamente. Enfim, as pessoas gostam de relembrar e comentar sobre esse tempo bom que viveram.

Imagens como a da tradicional sorveteria Tip Top, foram doadas pelos donos do acervo (Foto: Arquivo Pessoal )

De onde vem o acervo?
De vários lugares. Muita coisa eu consegui no Centur, mas também pesquiso postais antigos, portais estrangeiros e com fotógrafos. O acervo do IBGE também é muito rico. As pessoas mandam voluntariamente também, e quase sempre comentam bastante. Isso é muito interessante. As imagens da antiga sorveteria Tip Top, por exemplo, foi a neta do dono que me forneceu o álbum. Isso me surpreendeu e me deixou muito feliz por ter esse retorno do público.

Como é alimentar um acervo tão antigo e variado?
É um trabalho, acima de tudo, artesanal. Mas há editores que me auxiliam e têm também os colaboradores que são seguidores da página e me ajudam. Tem gente que bate foto antiga ou até mesmo atual já pensando em me enviar.

A interação é uma marca da página
Eu diria que é a maior delas. As pessoas não só compartilham, como comentam o conteúdo com riqueza de detalhes que acabam enriquecendo ainda mais a página. Outras me procuram para doar fotos. Tem gente que chora e se diz emocionada com a postagem.

Tem alguma foto que ainda falta conseguir?
De boates antigas de Belém. A noite da cidade nas décadas de 1970 e 1980 era efervescente e tenho curiosidade em ver e saber por que era tanto assim. Queria mesmo conhecer mais a fundo, mas é difícil de conseguir porque antigamente as pessoas não tinham a facilidade nem a preocupação em registrar as coisas. Conseguir mais vídeos antigos também é outro desafio.

Olhando o acervo, dá pra comparar a Belém do passado com a do presente?
É possível dizer que a Belém antiga era muito mais organizada, arborizada e com menos intervenção urbana. É claro que o progresso e o crescimento populacional mudam o cenário de uma cidade, mas no caso de Belém o que se percebe é que piorou muito em termos de beleza e qualidade de vida.

O que é pior na imagem da Belém de hoje?
A violência. Não poder andar nas ruas livremente. E do ponto de vista paisagístico, as pichações. É horrível e deveria ter mais rigor na punição de quem faz isso. Pichar um prédio antigo ou um monumento é um crime imperdoável.

Em sua opinião, falta mais espaço para a população ter contato com a memória da cidade?
Total. Tanto do Poder Público como da iniciativa privada. Os veículos de comunicação também precisam participar mais desse processo pelo rico acervo que possuem. A população que não conhece o seu passado, não avança.

Quais os planos para o projeto Nostalgia Belém?
Meu objetivo agora é postar mais vídeos, mas ainda preciso consegui-los. Também quero reforçar outros canais, como o Whatsapp, para aumentar a interatividade e a troca de ideias.

COMO ACESSAR O NOSTALGIA BELÉM

Facebook

Instagram

Site

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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