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Grupos avaliam prisão de policiais: ‘Precipitada’

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, o deputado Carlos Bordalo (PT) não vê motivo para comemorar a prisão dos policiais envolvidos na chacina de Pau d’Arco. “Muito pelo contrário, eu acho é triste ver 13 agentes públicos,

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, o deputado Carlos Bordalo (PT) não vê motivo para comemorar a prisão dos policiais envolvidos na chacina de Pau d’Arco. “Muito pelo contrário, eu acho é triste ver 13 agentes públicos, que deveriam prezar pela garantia da ordem pública, presos”, lamentou ele, que integrou o primeiro grupo de deputados a fazer diligências no local após o crime, ainda em maio passado.

As entidades e mesmo os deputados que defenderam de forma ferrenha a atuação dos policiais na operação em Pau d’Arco avaliam como precipitados os pedidos de prisão, visto que as investigações ainda não foram concluídas. “A gente sabia que podia acontecer, é o que sempre acontece com policial”, provocou o diretor de Relações Públicas da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Pará (ACSPMBMPA). “Os advogados estão vendo de que forma podem reverter isso, mas só quem pode dizer se é justo ou não é o Judiciário. Mas a gente entende que foi injusto”, disse.

De longas carreiras na Polícia Militar, os deputados estaduais Tércio Nogueira (PROS) e Neil Duarte (PSD) entendem que a prisão nesse momento acaba “pulando” outros ritos processuais. “Na ausência dos laudos da perícia balística e da reprodução simulada dos fatos, o promotor usou como base para o pedido apenas os depoimentos dos policiais civis que comandaram a ação, o que é, no mínimo, precipitado”, avalia Neil.

Já Tércio, um pouco mais incisivo, entende que, se o processo não transitou em julgado, ou seja, quando não se pode mais recorrer de qualquer tipo de condenação, não tem por que haver prisão. “Quando houver constatação, laudos, perícia, série de fatores, tudo comprovado que houve chacina, aí sim, mas antecipadamente é precipitado, porque demonstra uma justiça que não é imparcial”, dispara.

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Pará (Sindelp), João Moraes diz ver até constrangimento na maneira como essas prisões foram conduzidas. “Ninguém sabe, ninguém viu. Não falamos com nenhum deles ainda. Então, fica difícil comentar”, limitou-se. Em nota, o Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol -PA) informou que “aguardará pela conclusão dos laudos periciais, assim como a reprodução simulada, realizada pela Polícia Federal, que certamente reforçará com mais veemência a defesa dos Policiais Civis, que participaram da operação na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d’Arco - PA”.

13 acusados

Onze policiais militares e dois policiais civis envolvidos na chacina de Pau d’Arco, no sudeste paraense, que resultou na morte de dez trabalhadores rurais, foram presos na última segunda-feira (10), seis dias após a reconstituição realizada pela Polícia Federal.

(Diário do Pará)

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