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Prefeitura detona árvores na Augusto Montenegro

Ao longo da avenida Augusto Montenegro, em Belém, os espaços que antes eram ocupados por canteiros arborizados hoje dão lugar ao concreto. Isso por causa da execução das obras do sistema BRT (Bus Rapid Transit). Gradativamente, as áreas que ainda abrigam

Ao longo da avenida Augusto Montenegro, em Belém, os espaços que antes eram ocupados por canteiros arborizados hoje dão lugar ao concreto. Isso por causa da execução das obras do sistema BRT (Bus Rapid Transit).

Gradativamente, as áreas que ainda abrigam os vegetais vão desaparecendo ao longo daquela avenida. Recentemente, o corte das árvores feito pela Prefeitura de Belém, iniciado a partir da entrada do conjunto Satélite, chamou atenção e revoltou a população.

Quem mora ou precisa trafegar diariamente pela via tem de encarar o calor excessivo, já que o excesso de asfalto e áreas descampadas ocasionam a elevação da sensação térmica, principalmente para quem atravessa a via de ônibus. Com isso, a população questiona se de fato a sustentabilidade foi levada em consideração na elaboração do projeto.

O universitário Luan Araújo, 19 anos, é uma das pessoas que sentem falta da vegetação que outrora era presente naquela via.Morador do bairro Parque Verde desde que nasceu, o jovem conta que preferia a rua como ela era antes das obras do BRT. Ele diz, ainda, que a população que precisa pegar ônibus sofre muito mais esperando em abrigos que não protegem do sol.

“Perdemos qualidade de vida porque, mesmo com o trânsito, antigamente a gente sentia um oxigênio mais puro. Hoje, sem árvore e sombra, é abafado e o calor fica ainda mais intenso”, avalia.

Todas as árvores do canteiro central da avenida estão sendo derrubadas. (Foto: Marco Santos)

NATUREZA

Moradora do distrito de Outeiro, a diarista Adriana Pastana, 38 anos, afirma que o pior momento é passar horas dentro do coletivo sufocada. Segundo ela, antes das obras, a viagem de Outeiro ao centro de Belém demorava, em média, uma hora e meia.

Atualmente, para chegar ao conjunto Maguari, com acesso pela avenida, a diarista calcula que precisa levantar às 5h40 para estar na casa dos clientes às 7h da manhã. “Você olha para essa obra e vê que não vai melhorar nada. Pelo contrário”, critica.

Proprietário de um estabelecimento comercial próximo à entrada do conjunto Maguari, Alters Martins, 30, não acredita que o projeto do BRT conseguirá recuperar a arborização do canteiro central da via.

“Estão tirando o que tinha de melhor aqui: a natureza. Estou aqui há muito tempo e piorou tudo de lá para cá. Tanto a questão do calor quanto estética”, avalia.

O DIÁRIO entrou em contato com a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), mas até o fechamento desta edição não teve resposta.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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