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Governo encerra licitação do BRT

Em abril deste ano, o DIÁRIO mostrou que o BRT Metropolitano, que o governador Simão Jatene pretendia inaugurar no ano eleitoral de 2018, custaria inacreditáveis R$ 50 milhões por quilômetro e seria o mais caro do Brasil e um dos mais caros do mundo, cust

Em abril deste ano, o DIÁRIO mostrou que o BRT Metropolitano, que o governador Simão Jatene pretendia inaugurar no ano eleitoral de 2018, custaria inacreditáveis R$ 50 milhões por quilômetro e seria o mais caro do Brasil e um dos mais caros do mundo, custando o dobro dos BRTs de Manaus, de Brasília, e da Augusto Montenegro, em Belém, e o triplo do de Las Vegas (EUA). Na última quarta-feira (07), porém, o Governo do Estado resolveu encerrar a licitação do BRT Metropolitano. Segundo ele, ninguém apresentou uma proposta técnica para as obras, “substancialmente adequada” às exigências do edital licitatório. Não é a primeira vez que as reportagens do DIÁRIO atrapalham os planos do governador.

Em agosto de 2015, o DIÁRIO mostrou que a BR7 Editora e Ensino Ltda, que vencera um Pregão de quase R$ 200 milhões da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para cursos de inglês em carretas aos alunos da rede pública, pertencia a um empresário acusado de comandar uma quadrilha de fraudadores do seguro de acidentes de trânsito, o DPVAT. Por causa dessas acusações, Alberto Pereira de Souza Junior, o dono da BR7, foi preso em 2008. No ano passado, após investigações da Polícia Federal, Alberto chegou a ser preso novamente, acusado de participar de uma quadrilha montada para desviar recursos do Fundeb, em contratos semelhantes aos feitos com prefeituras paraenses.

Além disso, existiam denúncias de superfaturamento e de fraude no Pregão da Seduc para beneficiar a BR7 que, conforme a reportagem, vinha obtendo contratos, em várias prefeituras do interior, para o tal curso de inglês. Com as denúncias do DIÁRIO, o Governo do Estado acabou tendo de desistir do contrato milionário com a BR7.

PAULITEC

Até as reportagens do DIÁRIO sobre o impressionante custo do BRT Metropolitano, era dado como certo que a vencedora do certame seria a Paulitec, uma empresa paulista que há décadas executa algumas das principais obras do PSDB, no Pará (ver box). Por incrível que pareça, em meio a uma crise sem precedentes, em que as construtoras correm atrás de grandes contratos para sobreviver, apenas um consórcio liderado pela Paulitec havia apresentado proposta técnica para o BRT Metropolitano, por um preço superior a R$ 532 milhões.

Estranho que ninguém mais, além do consórcio da Paulitec, parece ter se interessado pelo BRT de Jatene. Com o encerramento da licitação, surgiu no meio empresarial a suspeita de a Paulitec venha a ingressar na Justiça para obter, assim, a aprovação para executar esse impressionante contrato de R$ 50 milhões por quilômetro. Cabe ao Ministério Público apurar se o edital continha alguma restrição ou direcionamento aos interessados em concorrer à execução da obra.

(Ana Célia Pinheiro/ Diário do Pará)

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