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Governo não dá condições de trabalho à PM

O desrespeito do Governo do Estado – sobretudo nas duas últimas gestões - com a Polícia Militar é patente. São vários casos de humilhação aos integrantes da corporação que vão desde a insegurança fora do horário de serviço, passando pela falta de condiçõe

O desrespeito do Governo do Estado – sobretudo nas duas últimas gestões - com a Polícia Militar é patente. São vários casos de humilhação aos integrantes da corporação que vão desde a insegurança fora do horário de serviço, passando pela falta de condições mínimas de trabalho, como falta de combustível em viaturas e quartéis decentes para tirar serviço. São situações que humilham e também colocam em risco a vida dos policiais.

Em abril de 2015, por exemplo, o DIÁRIO denunciou um retrato do descaso com que os PMs são tratados pelo Governo. O fato ocorreu no dia 26 daquele mês, durante a preparação para o clássico entre Remo e Paysandu que decidiu o segundo turno do campeonato Paraense. Sem mesas e cadeiras disponíveis, os militares almoçaram no chão ou de pé, sem proteção alguma. Nas imagens, é possível ver os policiais sentados no chão enquanto aguardavam o início das ações. Em nota, a Polícia Militar transferiu a responsabilidade aos organizadores do evento.

Paralisação

Segundo a Associação dos Cabos e Soldados da PM e BM, não há sequer combustível suficiente nas viaturas para os policiais rodarem em serviço. “Hoje o policiamento só não é mais eficaz porque muitas viaturas ficam paradas nos quartéis por causa da falta de gasolina. Hoje os policiais aguardam a ocorrência acontecer, quando deveriam evitá-la”, critica o cabo Edvan Ferreira da Silva, que preside a associação.

O efetivo atual da Polícia Militar no Estado está em torno de 15 mil homens, quando deveria ser pelo menos o dobro. “São poucos homens que trabalham em poucas viaturas. Isso faz com que a violência aumente consideravelmente”, coloca. Somado a isso, a corporação está há 2 anos com o salário congelado, desmotivando ainda mais a tropa. “Hoje um soldo básico de um soldado ainda é R$ 788,00, que equivale ao salário mínimo de 2015, enquanto que hoje o mínimo já está em mais de R$ 930,00”, calcula.

Ecoando um movimento nacional, em fevereiro passado mulheres e filhos de policiais militares protestaram em Belém e em vários municípios pelo Estado contra as condições de trabalho dos PMs e por um reajuste digno para a categoria.

No dia 10 de fevereiro, as famílias chegaram a bloquear o trânsito na av. Almirante Barroso e seguiram em passeata até a sede do Governo do Estado. Um protesto também impediu a saída de militares do 5º Batalhão da Polícia Militar em Castanhal, no nordeste do Pará. Manifestações e protestos ocorreram ainda em quartéis de Parauapebas, Altamira. O Governo concedeu apenas um reajuste de R$ 50,00 no tíquete-alimentação, considerado insuficiente pela categoria.

Frota da PM motorizada de Castanhal sofreu com sucateamento

Há cerca de dois meses, o DIÁRIO denunciou o sucateamento completo da frota Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) da Polícia Militar de Castanhal, terra natal do governador Simão Jatene. A situação penalizou ainda mais a população que ficou por vários meses ainda mais fragilizada com a falta de combate à violência e da bandidagem. Na ocasião a frota estava sucateada, deteriorada e com licenciamento atrasado.

O resultado é que as motos que sobravam foram sendo sobrecarregadas no uso e também pifaram. A situação chegou a tal ponto que a Associação Comercial de Castanhal assumiu o papel do poder público e mandou consertar quatro motos da frota. A maioria dos roubos em Castanhal é feita por motos e só um policiamento rápido por motos para combater esse tipo de crime, o que hoje infelizmente não está acontecendo.

Postos da PM no Marajó funcionam em casebres

O deputado estadual Cabo Tércio reforça as denúncias da entidade. Segundo ele, um dos principais problemas que a PM enfrenta hoje são as condições insalubres de trabalho. O parlamentar denuncia que os quartéis hoje não são apropriados. Muitos saíram de locais amplos para funcionarem em casas sem as mínimas condições físicas. “Em locais mais afastados, como no Marajó, por exemplo, os postos da PM funcionam em casebres de madeira, sem sequer ter banheiro. Os policiais se viram com a ajuda da comunidade. É uma situação revoltante e humilhante que afeta a prestação do serviço”, reitera o parlamentar.

Tércio também denuncia a falta de combustível na corporação. O parlamentar afirma que em alguns lugares são destinados apenas 15 litros de combustível para turnos de 24 horas de trabalho. “É impossível fazer uma ronda que preste dessa forma. O resultado é que os policiais acabam tendo que economizar no combustível para não ficarem no prego, prejudicando o trabalho de prevenção”, afirma.

(Luiz Flávio/ Diário do Pará)

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