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Glaucoma: doença atinge 1,2 milhão de brasileiros

Imagine que para enxergar alguma cena próxima, você precise colocar um tubo no olho, e sua única informação visual seja o que está no orifício de saída deste tubo. É assim que vive Ramiro da Costa, de 79 anos. A visão limitada é o que lhe restou no olho e

Imagine que para enxergar alguma cena próxima, você precise colocar um tubo no olho, e sua única informação visual seja o que está no orifício de saída deste tubo. É assim que vive Ramiro da Costa, de 79 anos. A visão limitada é o que lhe restou no olho esquerdo. A visão do olho direito ele perdeu há 12 anos, para o glaucoma. Desde então, seu Ramiro faz o controle da doença com o uso de medicamentos para os quais ele desembolsava parte da sua aposentadoria no balcão da farmácia.

Mas, nos últimos 6 anos, ao menos no bolso, Ramiro, que usa 3 tipos de colírios, sentiu menos. Ele é um dos pacientes que recebe os medicamentos de graça em Belém pelo Programa de Controle de Glaucoma do Ministério da Saúde. A doença, que é uma lesão no nervo ótico, é a maior causa de cegueira irreversível em todo o mundo. Entre os brasileiros, mais de 1,2 milhão já são portadores de glaucoma, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima em 75 milhões o número de pessoas com glaucoma no mundo em 2020.

Uma das formas mais simples de diagnosticar a doença é monitorando a pressão ocular nas visitas ao médico oftalmologista. Com o diagnóstico, a doença pode ser controlada através de medicamentos. Os colírios mais utilizados no controle do glaucoma tem preços que vão de R$ 30 a R$ 170,00, em média, e muitos pacientes, como Ramiro, podem precisar de mais de um tipo de colírio.

SUS

O que muita gente ainda não sabe é que esses medicamentos são fornecidos de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente da condição financeira do paciente. Na unidade de glaucoma do Hospital Cynthia Charone, credenciado pelo SUS como referência estadual em glaucoma, mais de 4 mil pacientes já recebem o colírio, que é entregue também em Ananindeua e Castanhal. Para receber o colírio basta que o paciente leve a receita médica, identidade, FPF, comprovante de residência e cartão SUS, mas se o paciente não tiver o cartão SUS a unidade emite na hora do cadastro.

A medição da pressão ocular é um monitoramento importante porque a maior parte dos casos de glaucoma são causados pelo aumento da pressão ocular, que acontece quando há acúmulo de líquido atrás do olho. Esse líquido exerce uma pressão sobre o nervo ótico e o danifica. Se não for diagnosticado e tratado a tempo, o paciente pode perder a visão no todo ou em parte.

O maior perigo da doença é justamente ser silenciosa na maioria dos casos “O glaucoma não tem cura, mas o diagnóstico precoce é muito importante para evitar que a pessoa perca a visão e possa fazer o controle da doença com o uso de medicamentos. Por isso é muito importante a visita regular ao oftalmologista, especialmente a partir dos 35 anos”, explica a médica oftalmologista Cynthia Charone.

Doença é “silenciosa” e acomete jovens

A dona de casa Brasila Lopes, de 67 anos, é um desses casos em que o silêncio da doença a pegou de surpresa. “Descobri o glaucoma há 10 anos, em uma consulta de rotina, porque eu estava achando meus óculos feios e queria trocar de óculos. Quando o médico viu a pressão do meu olho muito alta, pediu outros exames. Descobri que era glaucoma”, diz. A oftalmologista Cynthia Charone alerta que, diferentemente do que ocorreu com Brasila, a doença também atinge jovens e até crianças, como nos casos de glaucoma congênito, perceptível nos bebês com globos oculares aumentados e córneas embaçadas. Nesses casos, o tratamento geralmente é cirúrgico. Já os casos de glaucoma crônico, que costuma aparecer a partir dos 35 anos, podem ser causados pela pressão alta ocular, mas também há muitos casos de glaucoma de baixa pressão.

“Só a regularidade no monitoramento à saúde é capaz de diagnosticar corretamente a doença”, diz a médica. O glaucoma pode ter causas externas e ocorrer depois de cirurgias oculares, de uma catarata avançada, por traumas, uso de medicamentos com corticoides ou até mesmo em consequência de outra doença grave, o diabetes, cenário em que, se não houver controle, é comum que o paciente diabético desenvolva glaucoma.

Evite o glaucoma

O que é

O glaucoma é uma doença ocular que provoca lesão no nervo óptico e campo visual, podendo levar à cegueira. Na maioria dos casos, vem acompanhado de pressão intraocular elevada, mas pode ocorrer glaucoma de “baixa pressão”. Embora não exista cura para o Glaucoma, na maioria dos casos a doença pode ser controlada satisfatoriamente.

80% das pessoas que têm glaucoma só buscaram o oftalmologista depois de perceber alterações como perda de visão, olhos vermelhos, desconforto e embaçamento

Quando monitorar

- Se tem mais de 40 anos

- Se tem um familiar com glaucoma

- Se tem diabetes ou pressão arterial elevada

- Se teve uma lesão ocular gravel

Sinais de alerta

- Perda da visão periférica

- Visão Turva

- Pontos cegos

- Dificuldade paraenxergar à noite

- Dificuldade em focalizar objetos que estão próximos

- Ver um arco-íris ao redor de luzes à noite

(Cléo Soares/Diário do Pará)

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