Entidades ligadas à defesa dos Direitos Humanos não têm dúvida: houve uma chacina de 10 trabalhadores rurais sem-terra na fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D'arco, no sudeste paraense, e não um ato de resistência à ação da Polícia Militar e Polícia Civil, como assegura a Segup (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social).
Além disso, existe um agravante: houve manipulação na cena dos assassinatos.
De acordo com a procuradora federal de Direitos Humanos, Deborah Duprat, que acompanhou o início da perícia nesta quinta-feira (25), nenhum indício de sangue foi encontrado no local.
"Não havia sequer cheiro de sangue no lugar. Já vi várias cenas de crimes é isso não é normal, especialmente em chacinas deste tipo", afirmou Duprat.
Leia também:
- Vítimas de chacina em fazenda são identificadas
- "Chacina foi responsabilidade do Governo", diz MST
- OAB-PA quer afastamento de envolvidos em chacina
(Foto: Mauro Neto/Diário do Pará)
A procuradora também chamou atenção para o fato - que considerou inadmissível para uma ação da Polícia Militar - de que não se poderia recolher os corpos da cena do crime.
"Adulterar o local das mortes é extremamente suspeito e é necessário descobrir quem o fez dentro do inquérito, pois isso com certeza dificulta a elucidação da autoria das morte", destacou a procuradora.
Leia a reportagem completa na edição de sexta-feira (26) no jornal DIÁRIO DO PARÁ.
(DOL com informações do DIÁRIO)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar