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Falta de estrutura em UPA do Icuí gera agressão

A situação de abandono da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua, está cada vez mais grave, segundo denúncia feita por um profissional de medicina que atua no local. Na manhã de hoje, por exemplo, uma técnica de en

A situação de abandono da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua, está cada vez mais grave, segundo denúncia feita por um profissional de medicina que atua no local. Na manhã de hoje, por exemplo, uma técnica de enfermagem da UPA teria sido agredida por familiares de um paciente, que não conseguiu atendimento.

Segundo o denunciante, que preferiu não se identificar por medo de retaliações, a falta de estrutura nas unidades de saúde geridas pela Prefeitura de Ananindeua, incluindo a do Icuí, coloca a vida de diversos pacientes em risco, diariamente.

A agressão sofrida pela técnica de enfermagem, nesta quarta-feira, por exemplo, teria sido porque o aparelho de raio-X não estava funcionando, e a mãe de um paciente que estava com o braço quebrado se revoltou com a técnica que foi informar a notícia.

Em um só fato, são expostas duas situações que os funcionários da UPA enfrentam diariamente: a insegurança e outras situações que colocam em risco a integridade física deles; e a falta de estrutura que impossibilita o trabalho dos médicos e de outros profissionais de saúde do local.

FALTA DE ESTRUTURA

Segundo o denunciante, há anos, a UPA do Icuí enfrenta déficits estruturais como a falta de remédios e mesmo materiais básicos como as caixas utilizadas para descartar as seringas usadas. Por causa disso, os médicos acabam tendo que realizar esse descarte em recipientes improvisados, e impróprios, de acordo com a denúncia.

Outra situação questionada pelos médicos é a não instalação de uma porta que isolem os consultórios. Segundo o denunciante, atualmente os pacientes que transitam pela UPA podem adentrar quase em qualquer local da unidade, indiscriminadamente. “São medidas muito simples que foram solicitadas para a administração, mas não foram tomadas”, conta o denunciante.

Há casos ainda de pacientes que ficam mais tempo que o devido na UPA, o que traz risco para os atendidos e para o funcionamento do local. “Há pacientes que continuam internados por longos períodos. A chance de ir a óbito são grandes, porque é uma Unidade de Pronto Atendimento e não um hospital. O tempo de permanência não deveria passar de 24 horas”, explica o médico.

INSEGURANÇA

Outras situações recorrentes no dia-a-dia dos profissionais da UPA são os casos de insegurança, que colocam em risco a integridade dos trabalhadores. “Trabalhamos com assaltantes ou com pessoas que foram assaltadas. Os guardas municipais não ficam o tempo todo na UPA, então ficamos sem suporte. Estamos em uma zona vermelha, sem suporte”, desabafa o profissional.

“Já presenciamos até a invasão da UPA por pessoas que estão perseguidos algum baleado na unidade. Uma colega nossa já foi assaltada e agredida. Levou coronhadas. Será que a gente precisa morrer para que alguma coisa aconteça?”, questionou o denunciante.

RETALIAÇÕES

Além das situações de risco e da falta de condições de trabalho, os médicos e outros profissionais de saúde que tentam denunciar o sucateamento da UPA sofrem retaliações como demissões.

“Três médicos já foram demitidos desde que a nova direção da UPA assumiu. Outros estão pensando em entregar o cargo. Quem denuncia sabe que pode chegar para trabalhar e ser surpreendido com uma carta informando que a pessoa está dispensada do serviço por ordens superiores”, relata o denunciante.

Uma situação que foi levada pelos médicos até o Ministério Público do Estado, por exemplo, é a tentativa de reduzir o número de médicos no período noturno de quatro para apenas dois profissionais. “Nós não queremos isso. É pouquíssimo para uma demanda muito grande. Falta medicamento, falta segurança”, diz o denunciante.

A decisão de reduzir o número de médicos da gestão municipal de Ananindeua já noticiada pelo DOL em janeiro deste ano. Na ocasião, foram presenciados casos de pacientes que saíram das unidades sem conseguir atendimento, pelo baixo número de funcionários.

CASOS ANTERIORES

As denúncias sobre a situação da UPA do Icuí não são tão recentes. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o atendimento da unidade foi suspenso após um assalto ao local.

Um protesto feito pelos médicos da UPA do Icuí também foi feito no final de janeiro deste ano. Veja o vídeo sobre o ato dos profissionais.

O DOL entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua e aguarda posicionamento.

(DOL)

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